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PESQUISADORES
FORMULAM PLANO PARA MELHORAR A PRODUÇÃO
DE ALIMENTOS SEGUROS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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Pesquisadores e
técnicos da Embrapa e demais parceiros do
Programa de Alimentos Seguros (PAS) se reuniram
hoje, em Brasília, para traçar um
plano nacional de transferência tecnológica
para agrônomos, técnicos agrícolas
e agentes de extensão rural. A meta é
transformá-los em instrutores e multiplicadores
de boas práticas agrícolas e agropecuárias
mediante a organização de cursos de
capacitação profissional.
O ponto de partida serão os 18 manuais produzidos
pelos centros de Pesquisa & Desenvolvimento
da Embrapa que visam a melhoria da produção
pecuária e agrícola, inclusive em
cultivos com sistemas de produção
integrada. Até o momento, foram produzidos
manuais específicos para 13 segmentos do
agronegócio (alface, cenoura, caju, melão,
maçã, uva de mesa, pimenta-do-reino,
castanha-do-brasil, café, milho, amendoim,
leite e ovos). Os documentos serão transformados
em cartilhas explicativas, com linguagem bem simples,
e utilizados na implementação de ações
de capacitação e implantação
das ferramentas adequadas para a produção
de alimentos seguros nas propriedades rurais, associações
e cooperativas de produtores.
Segundo o engenheiro agrônomo Afonso Celso
Valois, da Embrapa, a produção de
alimentos seguros exige uma grande mobilização
por parte dos produtores rurais para a importância
da mudança de hábitos, costumes, posturas
e atitudes no trato dos produtos alimentícios.
“É uma mudança cultural que envolve
um consistente processo de capacitação
e que será de grande valia para o seu próprio
benefício e de toda a sociedade”, ressaltou
Afonso Valois.
Coordenado pela Embrapa, PAS-Campo tem como objetivos
principais a segurança dos alimentos da produção
até o consumo, o tratamento correto do meio
ambiente e a orientação dos produtores
rurais, com atenção especial aos agricultores
familiares. A preocupação com a segurança
dos alimentos produzidos no Brasil beneficia o consumidor
interno e externo. Em vários produtos de
origem vegetal e animal têm sido detectados
defeitos causados por contaminantes (microtoxinas
e bactérias), bem como defeitos residuais
danosos provocados pelo uso intensivo de agrotóxicos.
Afonso Celso ressalta que tanto no mercado interno
como no mercado internacional, é visível
a maior exigência dos consumidores por alimentos
saudáveis e seguros. Vários países
do mundo já possuem legislações
que exigem a adoção de técnicas
e tecnologias apropriadas nas linhas de produção
de seus fornecedores de alimentos. “Temos vários
exemplos de barreiras tarifárias e não-tarifárias
impostas a produtos brasileiros em decorrência
da falta de segurança”, ressaltou o engenheiro
agrônomo.
Para ele, um programa de alimentação
segura eficiente é fundamental para aumentar
a qualidade da agropecuária brasileira através
do controle dos perigos físicos, químicos
e biológicos na produção primária.
“A transferência de conhecimentos e tecnologias
apropriadas de pré-colheita, colheita e pós-colheita,
além do manejo adequado na pecuária,
possibilita a obtenção de alimentos
sadios para o consumo interno e externo”, enfatizou
Afonso Valois.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Maurício Cardoso