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FICA PRONTO
EM FEVEREIRO DIAGNÓSTICO SOBRE MEXILHÃO
DO MMA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2004
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A Secretaria de
Qualidade Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente prevê concluir até fevereiro
o estudo de diagnóstico sobre a presença
do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei)
nos rios brasileiros. O trabalho visa a adoção
de medidas que reduzam a expansão da espécie
no território nacional, estabelecendo-se
mecanismos de detecção e controle.
A Força Tarefa Nacional para Controle do
Mexilhão (FTN), coordenada pelo Ministério
do Meio Ambiente e composta por representantes dos
ministérios da Agricultura, Integração,
Saúde, Transporte e Minas e Energia reúne-se
no próximo dia 21 para discutir a situação.
Levantamentos realizados por pesquisadores da PUC
do Rio Grande do Sul, da Universidade Estadual de
Maringá e da Embrapa/Pantanal confirmaram
e ampliaram o quadro geral da invasão do
mexilhão e dos seus problemas. Foi constatado
a rápida reprodução e a concentração
da espécie no Rio Grande do Sul, Paraná
e Pantanal. O mexilhão está provocando
redução de diâmetro e obstrução
de tubulações das companhias de abastecimento
de água potável e o entupimento de
filtros das turbinas no setor de geração
de energia. Em conseqüência disso, as
empresas precisam fazer manutenções
específicas e mais freqüentes, com custos
extraordinários. A situação
também leva a mudanças nas práticas
de controle ambiental, na rotina de pesca de populações
tradicionais e prejudica o sistema de refrigeração
de pequenas embarcações.
O mexilhão dourado é um molusco originário
dos rios asiáticos, em especial da China,
encontrado, geralmente, fixado a substratos duros,
naturais ou artificiais. Esse organismo, de água
doce e salobra, foi introduzido na Bacia do Prata,
Argentina, em 1991, por meio da água de lastro
de navios de carga. No Brasil, o primeiro registro
da sua presença foi em 1998, na área
do Delta do Jacuí, em frente ao porto de
Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Conforme estudos
realizados em diversos países, muitos organismos
podem sobreviver na água de lastro transportada
pelos navios, mesmo após viagens com vários
meses de duração. Dependendo das condições
ambientais do local de descarga da água de
lastro, os organismos aquáticos nela conduzida
podem colonizar esse novo ambiente, com impactos
aos animais e vegetais anteriormente existentes.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa