FUNDAÇÃO FLORESTAL DE SP COMEMORA NASCIMENTO DE PRIMATA AMEAÇADO DE EXTINÇÃO Panorama Ambiental São Paulo (SP) – Brasil Janeiro de 2004

SMA/Divulgação

Protegido pela mãe, que o traz permanentemente junto ao ventre, o filhote de bugio completou um mês no último dia 4 de janeiro para a satisfação dos funcionários do Centro de Estudos e Manejo de Animais Silvestres – CEMAS, da Fundação Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado. Os pais se encontram em tratamento no CEMAS, que funciona na Parque Estadual Alberto Lofgren, desde agosto do ano passado quando foram encaminhados pelo IBAMA do Rio de Janeiro, com a fêmea já prenhe. O nascimento no dia 4 de dezembro foi comemorado, pois, segundo a veterinária Renata Gaspar Vieira, trata-se de uma espécie de difícil reprodução em cativeiro. Os animais, da espécie Alouatta fusca, poderão retornar à natureza após um processo de socialização com os demais bugios, para formar um bando coeso. Com o recém-nascido, a Fundação Florestal passa a contar com um plantel de 18 bugios.

O CEMAS

Atualmente, 777 animais silvestres são atendidos no centro mantido pela Fundação Florestal, que tem a finalidade de possibilitar a reabilitação, a adaptação e a reinserção no hábitat natural de animais silvestres apreendidos ou resgatados, com prioridade para espécies ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo, como o bugio.
No CEMAS, os exemplares da fauna são submetidos a exames clínicos e laboratoriais, recebem notas de avaliação e costumam permanecer no quarentenário nos dois primeiros meses, quando são observados e monitorados. Nessa etapa, os exames são repetidos e os animais são estimulados a viver como em seu hábitat natural.
Depois de recuperados e considerados aptos para retornar à natureza, ainda passam por processo de readaptação.
A Fundação Florestal mantém no centro um hospital veterinário, além de instalações com recintos para a fauna e setores de treinamento, nutrição e administração. Segundo a diretora-executiva da Fundação, Antonia Vio, o CEMAS oferecerá melhores condições de atendimento com a construção de quatro novos recintos em 2004.
Vio destaca que, neste segundo ano de funcionamento do centro, serão enfatizadas ações voltadas ao mapeamento de áreas críticas para a conservação da biodiversidade e à restauração de hábitats naturais, ampliando a capacidade de suporte para viabilizar a recomposição da fauna original.

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Carolina De Leon