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PASSARINHOS
LEGALIZADOS AGORA VOAM NA REDE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2004
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O Ibama usou o recurso
da informática para fechar o cerco contra
a criação ilegal de passarinhos. O
marco da pretendida revolução na gestão
do setor foi o lançamento, no começo
do ano, do Sistema de Cadastro de Criadores de Passeriformes
- que unificou em um banco de dados todas as atividades
dos cerca de oitenta mil criadores amadoristas de
pássaros legalizados e cadastrados no Ibama.
O Sispass acabou com a terceirização,
as operações manuais e a burocracia
predisposta a fraudes. Agora, qualquer transação
com os estimados 800 mil pássaros das 151
espécies permitidas para criação
em cativeiro deve ser feita exclusivamente na rede
pelo endereço eletrônico http://www.ibama.gov.br/sispass
O diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama,
Rômulo Mello, ressaltou que a informatização
do setor permitirá o monitoramento total
e em tempo real dos pássaros cativos - do
nascimento à morte. Sistemas similares deverão
ser criados pelo Ibama para monitorar os criadouros
comerciais, científicos e conservacionistas,
os zoológicos e os centros de triagem de
animais silvestres.
Ao mesmo tempo, o Ibama elaborou um manual para
utilização do Sispass, disponível
na Internet, orientando os criadores sobre como
operar o programa. O manual também pode ser
adquirido pelos criadores em qualquer unidade do
Instituto, por apenas R$ 2,50.
O criador de Passeriformes pode acessar o Sispass
de qualquer computador que possua conexão
com a Internet e efetuar as seguintes operações,
antes manuais: cadastro inicial como criador; alterar
dados cadastrais; renovar licença; declarar
compra de passarinhos de criadouro comercial; fazer
pedido de anilhas; declarar nascimentos; solicitar
transferência de aves; declarar transporte
e permanência de aves em residência
de outro criador de Passeriformes, fuga, furto,
roubo e até a morte de aves cativas.
Ricardo Soavinski, coordenador de Fauna do Ibama,
informou que o sistema dará ao órgão
eficiência para acompanhar todos os procedimentos
dos criadores, permitirá direcionar a fiscalização,
coibir rapidamente qualquer irregularidade detectada
com o cruzamento de informações e
evitar que novos pássaros sejam retirados
da natureza.
Como a numeração das anilhas funciona
como o CPF do passarinho, o sistema também
permitirá ao Ibama acompanhar em tempo real
a situação de cada pássaro
cativo. Qualquer tentativa de fraude, como relatar
nascimentos acima da média, será constatada
por relatórios diários e servirão
de indício para uma fiscalização
direcionada, advertiu Soavinski.
Por outro lado, o Sispass evitará o deslocamento
dos criadores às unidades do Ibama e lhes
dará comodidade para atualizar o plantel
da própria casa. Na primeira semana de lançamento
do programa foram registrados quarenta e cinco mil
acessos ao sistema. Nesta semana, a média
foi de cento e cinqüenta acessos/hora.
Os criadores já cadastrados no Ibama tiveram
seus dados atualizados e transferidos para o novo
sistema. Eles receberam uma senha pessoal e intransferível
que dará acesso ao programa. As senhas foram
fornecidas pelo Cadastro Técnico Federal
– CTF. Eles devem atualizar constantemente a relação
do seu plantel, pois é a garantia da legalidade
da sua criação. Informações
falsas e fraudes ao sistema serão punidas
pela Legislação Ambiental. O infrator
também estará sujeito à pena
de prisão prevista no art. 299 do Código
Penal.
Pela legislação, qualquer pessoa com
mais de dezoito anos pode ser um criador legalizado,
desde que os passarinhos tenham nascido comprovadamente
em cativeiro de um criador registrado no Ibama.
Os interessados em adquirir passarinhos para iniciar
um plantel precisam estar cadastrados no sistema.
A Coordenadoria de Fauna alerta sobre a importância
de verificar se a ave é legalizada e exigir
a nota fiscal (caso de criadouro comercial) com
o número da anilha e o nome da espécie.
E adverte: “Pássaros comprados de criadouros
não registrados no Ibama, mesmo os nascidos
em cativeiro, portadores de anilhas fechadas e com
nota fiscal, são considerados ilegais e não
poderão ser registrados: não os compre”.
Apanhar passarinhos diretamente da natureza e mantê-los
presos é crime ambiental, previsto na Lei
9.605/98. A multa prevista é de R$ 500,00
por ave, podendo chegar a R$ 5 mil se a espécie
constar da lista de animais ameaçados de
extinção. Nesses casos, o infrator
pode ficar preso de seis meses a um ano. Dúvidas
sobre a utilização do Sispass podem
ser solucionadas pelo telefone da Linha Verde do
Ibama: 0800-618080; na unidade mais próxima;
ou, pelo e-mail: sispass.sede@ibama.gov.br.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação