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ESTRUTURAR
ÓRGÃOS AMBIENTAIS MELHORA
ATENDIMENTO E PODE REDUZIR AÇÕES
JUDICIAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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30/07/2004 - A estruturação
e a capacitação dos órgãos
ambientais são ações fundamentais
para atender à crescente demanda e também
para a "desjudicialização"
do licenciamento ambiental. "Esse é
o primeiro passo para a redução de
conflitos", disse hoje Gustavo Trindade, consultor
Jurídico do Ministério do Meio Ambiente,
durante o painel O Licenciamento Ambiental e o Judiciário,
que integra as atividades do Seminário Licenciamento,
Proteção Ambiental e Desenvolvimento,
em São Paulo.
As demandas mais freqüentes levadas à
Justiça dizem respeito à necessidade
ou não da realização de estudo
prévio de impacto ambiental. Segundo Trindade,
há certa confusão, tanto por parte
do empresariado quanto das administrações
públicas, com relação à
Resolução 237/1997 do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama). "Empreendimentos
potencialmente causadores de degradação
ambiental têm sempre que fazer o estudo de
impacto ambiental", destaca. De acordo com
o consultor, para que o licenciamento seja fortalecido
no país, é preciso que sejam definidas
claramente as competências de cada nível
de governo. _Garantir isso é fundamental
para o fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
Ambiente , disse.
De acordo com a representante do Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
(CEBDS), Márcia Prolshagen, a responsabilidade
do desenvolvimento sustentável é do
governo, das empresas e també da sociedade
civil. "Temos que buscar o olhar integrado
e vejo o Ministério do Meio Ambiente empenhado
nesse sentido", ressaltou. Para ela, do ponto
de vista empresarial, o desafio que foi colocado
no Seminário é o de estabelecer a
_comunhão entre competitividade, ética
empresarial, demanda governamental, políticas
públicas e um marco regulatório claro
e bem definido. Márcia destacou o trabalho
de gestão compartilhada, através das
comissões tripartites estaduais, a padronização
dos procedimentos, transparência, capacitação
e valorização dos recursos humanos
para agilizar e facilitar o processo de licenciamento.
"O licenciamento ambiental é um instrumento
importante para a democracia e um exercício
da cidadania. Antes de tudo, o licenciamento tem
que ser um instrumento de mediação,
e não de geração de conflitos",
disse.
O subprocurador-geral da República, Mario
José Gisi, destacou que o Ministério
Público é o órgão que
serve aos _menos favorecidos . "É a
voz daqueles que não têm influência
política", disse. Segundo ele, nas questões
ambientais, especialmente em grandes empreendimentos,
diversos interesses são afetados e, quando
não são bem equacionados, acabam no
Ministério Público. Gisi destacou
que o caminho para diminuir as possibilidades de
questionamento judicial de empreendimentos é
fazer _tudo bem feito, com estudo prévio
de impacto ambiental.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom