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PESQUISADORA
FALA SOBRE AGRICULTURA E SUSTENTABILIDADE
DA AMAZÔNIA NO LBA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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Tatiana Sá,
chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental (Belém
- PA), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
faz palestra às 11 horas de quinta-feira,
29, na III Conferência do Experimento de Grande
Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia -
LBA, que está sendo realizada na Academia
de Tênis, em Brasília (DF). A pesquisadora
fala sobre a importância das descobertas do
LBA para a agricultura na região. A apresentação
da pesquisadora é uma síntese do potencial
que tem a agricultura na Amazônia para a promoção
do desenvolvimento sustentável, com inclusão
social e respeito ao meio ambiente.
A preocupação da Embrapa Amazônia
Oriental com a sustentabilidade da região
tem se refletido em trabalhos que vêm chamando
a atenção de pesquisadores de todo
o mundo, a exemplo do Projeto Tipitamba, uma pesquisa
que defende a substituição do uso
do fogo no preparo de área para agricultura.
O Tipitamba reúne pesquisadores e estudantes
brasileiros e estrangeiros e se propõe a
substituir a prática milenar de derrubar-e-queimar
- que traz uma série de prejuízos
- pelo método que envolve corte, trituração
e incorporação da vegetação
secundária que surge depois da derrubada
da floresta, a capoeira. O projeto poupa o meio
ambiente, assegura a utilização dos
recursos naturais por mais tempo e garante maior
produção. Tipitamba, na língua
dos índios Tiriyó, do norte do Estado
do Pará, quer dizer ex-roça ou capoeira.
A Embrapa participa diretamente de 14 projetos do
LBA e lidera o projeto Rede Agrogases, que não
é executado no âmbito do LBA, mas está
sendo apresentado aos participantes do evento, no
estande da Empresa montado na Academia de Tênis.
A Rede Agrogases é um conjunto de instituições
e grupos de pesquisa com atuação integrada
e interdisciplinar, formada para o desenvolvimento
do Projeto "Dinâmica de Carbono e Gases
de Efeito Estufa em Sistemas Brasileiros de Produção
Agropecuária, Florestal e Agroflorestal".
O projeto é coordenado pela Embrapa Meio
Ambiente (Jaguariúna, SP).
Iniciado em 2003 e com duração de
quatro anos, o projeto tem como objetivo principal
avaliar o estoque de carbono e quantificar as emissões
de gases de efeito estufa em agrossistemas. O objetivo
é a identificação e a seleção
de práticas agrícolas sustentáveis
e dos riscos dos sistemas agrícolas aos efeitos
de mudanças climáticas globais. Os
resultados deverão contribuir para a melhoria
de práticas agropecuárias, florestais
e agroflorestais que levem à sustentabilidade
dos sistemas de produção e à
redução de impactos ambientais, sobretudo
aqueles relacionados ao impacto da mudança
climática global. Dentro desta perspectiva,
poderá contribuir com a política nacional
sobre mudança do clima, inclusive na avaliação
de projetos destinados ao Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo, no âmbito do Protocolo de Quioto.
Vinte Unidades da Embrapa desenvolvem, por meio
da rede Agrogases, ações de pesquisa
em intercâmbio com instituições
nacionais e estaduais de pesquisa, universidades,
organismos internacionais, e com outras redes de
pesquisa, o que, segundo os pesquisadores, propicia
constante intercâmbio de conhecimento científico
e otimização das ações
propostas.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Marita Cardillo)