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“NA CIDADE
SEM O MEU CARRO” ACONTECERÁ DIA 22
DE SETEMBRO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2004
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03/08/2004 - Conscientizar
a população por um dia, para a vida
na cidade sem o carro é o objetivo do Ministério
das Cidades, do Meio Ambiente e da Cultura. No lançamento
da 4ª Jornada Brasileira “Na cidade sem o meu
carro”, o destaque foi a necessidade da qualidade
de vida para o brasileiro, com mudanças sociais
e culturais, sobretudo. “A idéia é
buscar novas alternativas e que o conceito adequado
seja o de mobilidade das pessoas e não dos
veículos. A cidade é um espaço
que deve ser cuidado por todos”, lembra a Ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva.
O objetivo da Jornada é incentivar os moradores
a deixar o carro em casa evitando engarrafamentos,
danos ao meio ambiente e ao patrimônio público.
A data para a mobilização já
está marcada: dia 22 de setembro. “Nossa
cidade tem 80 mil habitantes. No último ano,
1,5 mil pessoas foram para a rua de maior movimento
interrompendo o trânsito", conta. "Com
isso, buscamos conscientizar a população,
entre outras coisas, sobre o respeito ao pedestre”,
diz Inácio Franco, prefeito de Pará
de Minas, cidade do centro-oeste de Minas Gerais.
Inácio espera que este ano cinco mil pessoas
participem da campanha.
Cada vez mais aumenta o número de municípios
que participam da mobilização, informa
o ministro das Cidades, Olívio Dutra. “Essa
é uma conquista que se quer que aconteça
num processo em que os entes federados possam planejar
melhor o transporte urbano e investir mais também",
diz Dutra. "Contudo, não é só
uma questão de investimento, mas de cultura.
É preciso mudar a postura egoísta
de cada um ter o seu carro, de ser mais veloz que
o outro. É uma cultura que não preserva
a vida”, lamenta o ministro.
Segundo Olívio Dutra, 35 mil pessoas morrem
e 350 mil ficam feridas a cada ano nas estradas.
“Temos cidades que estão pensando de forma
holística o transporte urbano, modalidades
que não o individual e qualificando o transporte
coletivo", conta. "O governo Federal e
o Ministério das Cidades estimulam as iniciativas
porque a melhoria no espaço urbano não
vai acontecer de cima para baixo, mas com a participação
comunitária e do poder local”, diz.
Perguntado se ministros adotariam o transporte coletivo,
Dutra lembra que toda a forma não egoísta
de se transportar é estimulada. “É
evidente que se deve calcular o tempo gasto para
ir ao trabalho, para não chegar atrasado,
por exemplo", diz. "Mas também
é possível se deslocar por outros
meios, como a bicicleta. Tem de haver investimento
nas ciclovias e em uma campanha institucional permanente
que garanta o respeito nas faixas de segurança
e ao cidadão”, pede o Olívio Dutra.
“Como ministro, vou dar carona para outras pessoas
que moram no mesmo quarteirão que eu. A oferta
está feita. Venham junto comigo”, acrescenta.
Para Adair Rocha, assessor especial do ministro
da Cultura, Gilberto Gil, os monumentos públicos
também precisam de cuidado em relação
ao trânsito. “Sou a favor da preservação
e da não destruição do patrimônio
público, já que o transporte pesado
se torna um risco", diz. "Muitas vezes
atinge os espaços. Há interesse pela
preservação do material, sem esquecer
do imaterial, para que a rua seja de novo apropriada
pelo povo”, afirma Rocha representando o ministro.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Keite Camacho