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INPA MOSTRA
PRODUTOS FLORESTAIS EM ESTANDE NO AMAZONTECH
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) - Brasil
Agosto de 2004
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Quem entra no estande
do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa) no Amazontech, em Cuiabá (MT), sente
no ar um aroma diferente. A equipe da Coordenação
de Pesquisas de Produtos Florestais trouxe para
o evento frascos com alguns óleos essenciais
extraídos de madeiras da região amazônica
pelo Laboratório de Produtos Naturais.
“Os óleos, utilizados na fabricação
de perfumes, remédios e cosméticos,
têm mercado garantido e alguns são
exportados”, explica o pesquisador Jorge Alves de
Freitas. O Linalol, por exemplo, extraído
de uma madeira chamada Pau-Rosa (cujo nome científico
é Aniba duckei) tem como maior comprador
a França. Lá, é usado como
fixador na fabricação de perfumes
finos.
Além dos óleos, o Inpa trouxe para
o Amazontech um mostruário com pequenas amostras
de madeira da Amazônia de cerca de 70 espécies
arbóreas. Elas fazem parte de uma imensa
xiloteca que o Instituto possuiu em Manaus (AM),
com 10.356 exemplares, que pertencem a aproximadamente
3.000 espécies.
Em outra parte do estande, estão expostos
brinquedos e objetos de decoração
feitos de madeira. As peças são resultados
de projetos de aproveitamento de resíduos
de madeira que o Inpa desenvolve em duas escolas
na periferia da capital amazonense, com alunos do
ensino público regulamente matriculados.
O projeto deriva do Curso de Desenvolvimento Profissional
da Indústria de Madeira promovido pelo Inpa,
anualmente. Na quarta edição, o curso
destina-se a profissionais das indústrias
de base florestal. Foi levada para o evento uma
cartilha com os resultados práticos desse
curso, intitulada Resíduos Madeireiros: aproveitamento
e criatividade.
Para demonstrar ainda outras formas de aproveitamento
de resíduos de madeira, a equipe do Inpa
levou produtos fabricados de biocompósitos
de madeira e cimento, desenvolvidos a partir de
tecnologias alternativas.
Móveis, peças de decoração
e até mesmo instrumentos musicais, como um
arco de violino, feitos a partir do tronco da pupunheira
- palmeira de nome científico Guilielma speciosa,
largamente distribuída na floresta amazônica
- podiam ser vistos e tocados pelos visitantes.
O tronco da árvore da pupunha, constituído
por um emaranhado de fibras, não tinha até
há pouco tempo nenhum aproveitamento. Da
árvore da pupunha, o amazônida extraía
apenas o fruto, que é muito apreciado pela
culinária da região, e um tipo de
palmito.
Além de um mostruário de besouros
e borboletas exóticos típicos da Amazônia,
que são estudados pelo Inpa para a extração
de princípios ativos de medicamentos, foram
mostrados, ainda, cosméticos derivados de
palmeiras da região (buriti e pupunheira),
desenvolvidos pelo Grupo de Ciências da Saúde.
O projeto de divulgação científica
realizado há cinco anos pelo Inpa, intitulado
Comunidade no Jardim Botânico Adolpho Dulke,
também foi divulgado. A Reserva Dulke é
uma área de preservação ambiental
e de estudos científicos, que serve como
suporte para os pesquisadores do Instituto estudarem
a fauna e a flora da região. “Nosso objetivo
no projeto é desenvolver ações
educativas que permitam a socialização
de informações científicas
e uma maior integração da comunidade
com o Inpa”, explicaram os monitores Jorge Lobato
e Vânia Lima.
Fonte: MCT - Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa