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OPERAÇÃO
DO IBAMA PROTEGE AMAZÔNIA DE DESMATAMENTO
E QUEIMADAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2004
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Até o final
de dezembro será realizada a Operação
Ponto do Abunã, na região de fronteira
dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia.
Iniciada há três semanas, a operação
visa preservar a região amazônica contra
queimadas, desmatamento, comércio ilegal
de madeiras nobres, tráfico de animais silvestres
e pedras preciosas, e até o trabalho escravo.
O gerente executivo do Ibama (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis)
no Acre, Anselmo Forneck, explica que a operação
faz parte do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento
e Queimadas e que os resultados têm sido positivos.
“Nos anos anteriores havia operações
tímidas. Agora, com a coordenação
do Ibama dos três Estados envovidos e a participação
da Polícia Federal, do Exército, Sistema
de Proteção da Amazônia e Procuradoria
da República do Estado do Amazonas, temos
conseguido evitar de 70% a 80% do desmatamento naquela
área, em relação aos últimos
dois anos”, afirma Forneck.
A maior parte dos recursos do Plano Nacional de
Combate ao Desmatamento e Queimadas é destinada
à regularização fundiária
de terras da União, um dos fatores principais
do desmatamento. A região escolhida para
implantar a operação, segundo os coordenadores,
é considerada área de difícil
acesso e vulnerável. Ontem, o Exército
participou da cobertura aérea da região.
Desde o lançamento da operação
Ponto do Abunã, em maio, pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, foram apreendidos
mais de 2 mil metros cúbicos de madeira,
inúmeras motoserras, tratores e equipamentos.
A dificuldade, de acordo com Forneck, tem sido prender
os envolvidos, mas os ocupantes das terras pertencentes
à União estão sendo investigados.
Com a ajuda do Ministério do Trabalho e da
Procuradoria da República, a operação
também vem combatendo o trabalho escravo.
O gerente executivo do Ibama no Acre destaca ainda
a identificação de um grande número
de estradas vicinais abertas pelos madeireiros e
o desmatamento de terras por grileiros. “A região
deve ter algo em torno de mil quilômetros
de estradas abertas clandestinamente. Agora, com
o monitoramento da área, tudo o que seja
transportado nessas estradas irregularmente poderá
ser apreendido”, explica.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Nádia Faggiani)