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CETESB E
ANP ASSINAM CONVÊNIO PARA DESENVOLVER
ATIVIDADES CONJUNTAS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2004
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Estabelecer
uma sistemática de cooperação
técnica e operacional, visando a colaboração
mútua na elaboração de
regulamentos, estudos conjuntos sobre a influência
da composição dos combustíveis
na emissão de poluentes e termos de
referência para auditorias ambientais
e procedimentos para a realização
de inspeções, vistorias e fiscalização,
para tornar mais eficientes o controle e o
licenciamento das atividades de armazenamento
e distribuição de produtos derivados
de petróleo. |
José Jorge
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Estas
são algumas das principais propostas
do convênio firmado, nesta quarta-feira
(25/8), entre a CETESB - Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental e a ANP - Agência
Nacional de Petróleo, em cerimônia
realizada na sede da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo. No evento,
o presidente da CETESB, Rubens Lara, o diretor
de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental,
Lineu Bassoi, e o diretor-geral da ANP, Sebastião
do Rego Barros, assinaram o acordo. Além
deles, estiveram presentes à solenidade,
entre outros, o deputado estadual Arnaldo
Jardim, que foi relator da CPI dos combustíveis
na Assembléia Legislativa, o prefeito
de Tupã, Manoel Ferreira de Souza Gaspar,
e os diretores da CETESB, Otávio Okano
e Alaôr Ferreira, respectivamente, de
Controle de Poluição Ambiental
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e
de Gestão Corporativa, e da ANP, John Milne
Albuquerquer Forman, Haroldo Borges Rodrigues Lima
e Newton Reis Monteiro. O presidente Rubens Lara
lembrou que a proposta que serviu de base para o
convênio nasceu no corpo técnico da
CETESB, que acabou por buscar junto à ANP
os termos básicos para um trabalho conjunto,
em forma de parceria, que teve início com
uma visita do próprio dirigente da agência
ambiental paulista à sede da ANP, no Rio
de Janeiro, no ano passado. "Hoje, estamos
marcando um gol na melhoria do relacionamento entre
órgãos públicos e vamos mergulhar
de corpo e alma nesse trabalho conjunto, que visa,
entre outros objetivos, o aperfeiçoamento
do planejamento, gestão institucional, o
controle e o licenciamento ambiental das atividades
de armazenamento, distribuição de
produtos derivados de petróleo, além
da coleta seletiva e re-refino de óleo lubrificante
usado", afirmou.
O diretor-geral da ANP, por sua vez, também
manifestou seu apreço e expectativas com
relação ao acordo firmado, esperando
que ocorra a desejada mitigação de
trâmites burocráticos, que, segundo
disse, dificultam muito a ação dos
dois órgãos.
Lineu Bassoi destacou alguns dos benefícios
previstos, a partir da implementação
de medidas de cunho técnico, como a melhoria
da qualidade do ar, com base em mudanças
na composição dos combustíveis,
o desenvolvimento de tecnologias para evitar vazamentos
nos postos de gasolina e novas formas para combater
os diversos problemas enfrentados conjuntamente,
como o relacionado à adulteração
de combustíveis.
Finalmente, o deputado Arnaldo Jardim lembrou que
propostas como as de coleta seletiva e re-refino
de óleo lubrificante usado, regulamentados
pela ANP, deverão contribuir para a Política
Estadual de Resíduos Sólidos, que
também vem sendo discutida no âmbito
da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Controle da poluição
As fontes móveis de poluição,
representadas na Região Metropolitana de
São Paulo por uma frota estimada de mais
de 7,5 milhões de veículos, ou cerca
de 20% da frota nacional, é responsável
pela maior parte dos poluentes lançados
diariamente na atmosfera. O último Relatório
de Qualidade do Ar, publicado anualmente pela
CETESB, indica que os veículos respondem
por 98% das emissões de monóxido
de carbono, 97% das emissões de hidrocarbonetos;
97% das emissões de óxidos de nitrogênio,
52% de material particulado e 55% de das emissões
de óxidos de enxofre.
Esses índices são atingidos apesar
da implementação de programas federais
específicos de controle da poluição
veicular, como o PROCONVE - Programa de Controle
da Poluição do Ar por Veículos
Automotores e PROMOT - Programa de Controle da
Poluição do Ar por Motociclos e
Veículos Similares, que resultaram na fabricação
de veículos com melhorias tecnológicas
capazes de reduzir de forma significativa os gases
e partículas resultantes da queima de combustível.
Mas se a implementação desses programas
se deve em parte à melhoria dos combustíveis
- caso da retirada do chumbo da gasolina, propiciando
a utilização dos catalisadores e
da redução do teor do enxofre no
óleo diesel - ainda existem aprimoramentos
a serem alcançados para reduzir as emissões
provocadas pela queima incompleta dos combustíveis
ou pela própria evaporação
natural.
O controle da emissão de oxidantes fotoquímicos
teve início em São Paulo com a adoção
de medidas para limitar a emissão de hidrocarbonetos
em bases de distribuição de combustíveis
e em refinarias, com a utilização
de tanques de teto flutuante. Outra medida proposta
é o controle de emissões evaporativas
no abastecimento de veículos e a reformulação
da gasolina, com a redução das olefinas,
que hoje são da ordem de 30%, para níveis
entre 5% e 10%.
O convênio visa a melhoria ambiental contínua
e os aspectos ressaltados pelo convênio
devem trazer o aperfeiçoamento do desempenho
dos dois órgãos nas suas áreas
de atuação. No caso do setor de
armazenamento e distribuição de
combustíveis, a CETESB responde pelo licenciamento
ambiental, atendendo à Resolução
CONAMA 273, de janeiro de 2001, enquanto a autorização
para o funcionamento fica a cargo da ANP. A proposta
é de que as duas agências estabeleçam
procedimentos e troca de informações
que permitam maior agilidade nesses processos
e mais eficácia no controle do funcionamento
da atividade.
A partir do cadastramento realizado, a CETESB
identificou a existência de 8.354 empreendimentos
em operação no Estado de São
Paulo e fixou um cronograma para o licenciamento
dos que já estão em atividade, que
deverá ser concluído em 2007. A
ação conjunta da CETESB e da ANP
assegurará uma fiscalização
mais eficiente desses estabelecimentos, além
de tornar mais ágeis os procedimentos de
licenciamento ambiental, de autorização
de funcionamento ou de autuação
dos postos irregulares.
Na proposta de trabalho conjunto está incluída
a preocupação com a adoção
das medidas preventivas que devem evitar acidentes
com vazamento de combustível e contaminação
do solo e lençol freático, além
de aperfeiçoar os sistemas de transferência
de combustível ou abastecimento dos veículos,
diminuindo os vapores que acabam se somando às
emissões atmosféricas.
Outra preocupação é conseguir
reduzir as emissões dos componentes que
contribuem para a formação do ozônio,
o poluente atmosférico cujas concentrações
vêm crescendo nos últimos anos e
que têm apresentado o maior número
de ultrapassagens de padrão em cidades
como São Paulo, São Caetano, São
José dos Campos, Sorocaba ou Paulínia.
Fonte: CETESB – agência ambiental
de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga e Eli
Serenza)
Fotos: José Jorge
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