|
PRÊMIO
SUPERECOLOGIA 2004: PRAZO PARA INSCRIÇÃO
VAI ATÉ DIA 22 DE MARÇO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) Brasil
Março de 2004
|
|
A
revista Superinteressante, publicada pela Editora
Abril, prorrogou até o próximo dia
22 de março as inscrições para
o Prêmio SuperEcologia 2004, destinados a
projetos nas categorias água, ar, solo, comunidades,
fauna e flora. Além dos três prêmios
para cada categoria, sendo um para o segmento governo,
um para organizações não-governamentais
e um para empresas, será outorgado um Grande
Prêmio Super, cujo ganhador receberá
R$ 5 mil, e um Prêmio Especial, para distinguir
uma personalidade ou uma instituição
pela sua obra.As inscrições poderão
ser feitas no endereço www.superinteressante.com.br
ou via correio. Os prêmios e os troféus
serão entregues em cerimônia no Museu
de Arte Moderna, no dia 29 de junho próximo.O
objetivo da promoção é divulgar
ações na área ambiental, disseminando
soluções que contribuam para o desenvolvimento
do país. É, segundo os promotores,
o caso do projeto vencedor de 2002 que ganhou visibilidade
com a premiação. Trata-se da construção
de cisternas no sertão nordestino, mostrando
uma solução para amenizar o problema
da seca, que acabou sendo adotado pelo Governo Federal.
O Grande Prêmio Super, em 2003, foi entregue
para o Programa de Construção de Barraginhas,
da Embrapa, que propõe a construção
de miniaçudes ao longo dos sulcos das enxurradas
para coletar as águas das chuvas, armazenando-as
para promover a infiltração gradativa
no solo alimentando os lençóis subterrâneos.
Esse procedimento contribui para a recuperação
do meio ambiente e aumentar a produtividade agrícola,
como ocorreu em Minas Novas, no Estado de Minas,
onde em 2002 foram construídas 250 pequenas
barragens.
Veja os projetos
premiados em 2003:
Ar/Governo: A relevância
da discussão sobre o aumento da temperatura
global levou o Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas (FBMC) a lançar, em 2002,
a Biblioclima, primeira biblioteca virtual sobre
mudanças climáticas da América
Latina. O objetivo do portal é democratizar
o acesso às informações
e servir de filtro para o excesso de dados que circulam
na rede. Do acervo digital, constam textos de documentos
como o Protocolo de Kyoto, artigos, ensaios, teses,
capítulos de livros, além de links
de instituições de mais de 70 países.
Ar/ONG: A categoria
Ar/ONG ficou sem finalistas porque a comissão
de pré-seleção avaliou que
os projetos inscritos não cumpriam os requisitos
necessários.
Ar/Empresa: Recolhendo
o CFC das geladeiras e capacitando cada vez mais
técnicos, a Multibrás ajuda a preservar
a camada de ozônio e ganha, pela segunda vez,
o prêmio nessa categoria. O bicampeonato veio
porque a empresa conseguiu ampliar, de modo significativo,
seus resultados. Em 2002, foram recolhidas três
toneladas de gás, o dobro em relação
a 2001. O número de técnicos capacitados
também foi triplicado, são mil profissionais
treinados
para a coleta, trabalhando em 360 serviços
autorizados espalhados pelo país.
Água/Governo:
Projeto Barraginhas, da Embrapa, vencedor do Grande
Prêmio SUPER.
Água/Empresa:
A Construtora Camargo Correa levou o prêmio
graças ao seu trabalho para minimizar o impacto
ambiental causado por obras de grande porte. Na
construção de cinco hidrelétricas
brasileiras, a empresa investiu em maquinário
e na conscientização ambiental dos
funcionários. Nas obras da Usina Hidrelétrica
do Rio das Antas, no Município de Veranópolis,
RS, por exemplo, dos 140 hectares de matas autorizados
para desmatamento, apenas 34 foram retirados, garantindo
a preservação das encostas e de menos
erosão do solo.
Água/ONG:
O projeto desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa
Ambiental e Tecnológica - IPAT, da Universidade
do Extremo Sul Catarinense, propõe uma solução
para minimizar a contaminação dos
cursos d'água pelos resíduos provenientes
da produção de carvão mineral
no país. Em parceria com a Carbonífera
Metropolitana, o IPAT montou, em Siderópolis,
SC, uma estação-piloto capaz de tratar
até oito mil litros de água por hora,
que antes, desaguariam no rio Mãe Luzia.
Solo/Governo: A
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte dá
exemplo a todas as grandes cidades do país
com o Projeto Carroceiros. Em parceria com a Universidade
Federal de Minas Gerais, cadastrou os carroceiros,
organizando-os para recolher os resíduos
em locais apropriados, separá-los e encaminhá-los
para reciclagem. A cidade ficou mais limpa, os carroceiros
aumentaram sua renda e não são mais
perseguidos pelo poder público. O material
reciclado, usado na construção civil,
barateia o custo da produção de concreto.
Solo/Empresa: Uma
iniciativa do Consórcio Univias, responsável
pela concessão de 992 quilômetros de
estradas no Rio Grande do Sul, comprova que a tecnologia
de reaproveitamento de pneus descartados é
benéfica para o meio ambiente e viável
economicamente. Em parceria com mais duas empresas,
a Univias já utilizou o asfalto ecológico,
nome como o material ficou conhecido, na restauração
de 17 quilômetros e se prepara para expandir
o projeto. Se 10% das estradas pavimentadas do Brasil
fossem recuperadas com a borracha de pneu, mais
de 16 milhões de pneus teriam destino certo.
Solo/ONG: Terra
fertilizando terra - esse é o princípio
do processo de adubagem desenvolvido pelo Centro
de Desenvolvimento Sustentável de Brasília
implantado no assentamento Fruta D'Anta, no Município
de João Pinheiro, MG. Sem o uso de químicos,
apenas com a adição de pó de
rocha na terra, os lavradores rurais conseguiram
economizar dinheiro, aumentar a produtividade da
lavoura e se conscientizar ambientalmente.
Fauna/Governo:
Um projeto pioneiro da Embrapa busca remanejar os
cerca de 15 mil búfalos selvagens, vilões
da biodiversidade na Reserva Biológica do
Guaporé, em Rondônia. Introduzidos
na área de forma desordenada, na década
de 50, os animais hoje representam perigo para espécies
animais e vegetais da reserva, pondo em risco o
ecossistema local. Iniciada em 2002, a pesquisa
conta com 15 profissionais e a ajuda das comunidades
locais na tarefa de rastreamento, retirada e aproveitamento
dos animais.
Fauna/Empresa:
O Grupo João Lyra, maior produtor de cana-de-açúcar
de Alagoas, é também o grande agente
de preservação das áreas remanescentes
de Mata Atlântica no estado. Desde 1996, o
Projeto Natureza Vamos Proteger, criado pela empresa,
mantém santuários ecológicos
onde ainda é possível se ter uma idéia
de como era a cobertura vegetal nativa antes da
invasão dos canaviais, nos séculos
16 e 17. No Santuário Ecológico do
Jacaré-do-Papo-Amarelo, em Coruripe, a espécie
vive solta num complexo de cinco grandes lagoas
com quase 880 hectares de espelho d'água.
Fauna/ONG: Graças
ao projeto Recifes Artificiais Marinhos - RAM, desenvolvido
pelo Instituto Ecoplan, o litoral paranaense voltou
a ser visitado pelos meros, espécie de peixe,
cujo nome em tupi-guarani itajara quer dizer
o "dono da pedra". Com a colocação
estratégica de abrigos e refúgios
artificiais no oceano, grandes casulos feitos de
concreto, o pessoal da organização
não-governamental está conseguindo
recuperar a fauna marinha nos estuários de
Guaratuba e Paranaguá, além de garantir
a subsistência dos pescadores locais.
Flora/Governo:
A coleta predatória quase extinguiu a sempre-viva,
flor endêmica dos platôs da Chapada
Diamantina, na região do Município
de Mucugê, BA. Graças ao esforço
de pesquisadores, da Prefeitura Municipal e da comunidade,
a espécie-símbolo do município
baiano aos poucos volta a ocupar as áreas
originais. No parque municipal criado para resguardar
as áreas remanescentes da flor, os jovens
da cidade trabalham como monitores, guiando turistas
e ajudando os pesquisadores da Universidade Estadual
de
Feira de Santana a mapear as áreas de ocorrência
do vegetal e a implantar um moderno sistema de informação
geográfica.
Flora/Empresa:
No Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, localizado
numa área de Mata Atlântica, a Infraero
e a Embrapa recuperaram a vegetação
original com soluções baratas e eficientes.
Antes entregue ao abandono, o terreno já
recebeu 45 mil mudas de plantas desenvolvidas tecnologicamente
pela Embrapa, capazes de reter mais nutrientes do
solo. Para conter a erosão, foram construídas
estruturas para captação de água
utilizando materiais antes descartados, como pneus
e bambus. O esforço conjunto das
duas empresas recebeu elogios do mundo todo e a
experiência adquirida no Galeão já
se estende por outros 18 aeroportos brasileiros.
Flora/ONG: Acostumados
a desmatar para plantar, agricultores do sul da
Bahia aprendem hoje a tirar mais proveito das próprias
terras ao trabalhar com hortas orgânicas,
viveiros de mudas e sistemas agroflorestais. O projeto
Floresta Viva, programa de desenvolvimento sustentável
aliado à preservação da Mata
Atlântica, foi criado pelo Instituto de Estudos
Socioambientais do Sul da Bahia - IBESP e trabalha
com os agricultores da Área de Proteção
Ambiental Itacaré-Serra Grande, um dos mais
bem preservados trechos de floresta do estado.
Comunidades/Governo:
O projeto Desenvolvimento Sustentável da
Maricultura, da Prefeitura Municipal de Florianópolis,
deu o conhecimento necessário para que 700
pescadores e maricultores da região de Ribeirão
da Ilha, baía ao sul da capital catarinense,
aprendessem a se relacionar de outra maneira com
a natureza: no lugar de simplesmente tirar do mar,
passaram a produzir no mar. Em 2002, a produção
de ostras na região foi de quase 1,3 milhões
de dúzias. O suficiente para impulsionar
o turismo e sustentar com folga a comunidade.
Comunidades/Empresa:
Além dos vários poços de petróleo
que a Petrobras explora no interior do Rio Grande
do Norte, a empresa também está presente
na preservação de um dos mais importantes
sítios arqueológicos do país.
Em Lajedo da Soledade, a empresa fomenta novos meios
de subsistência para a população
local, como oficinas de artesanato e treinamento
de guias turísticos.
Comunidades/ONG:
Um projeto do Instituto Socioambiental vem mudando
a vida das 70 famílias do Quilombo de Ivaporanduva,
no Vale do Ribeira, região mais pobre de
São Paulo, ao agregar valor ao produto que
é a maior fonte de renda local: a banana.
Com um caminhão doado, os moradores extingüiram
a figura do atravessador e entregam diretamente
a mercadoria na Capital, aumentando o preço
de venda da fruta. Nas oficinas de artesanato, a
fibra da bananeira vira bolsas de palha e outros
produtos do gênero. Com a certificação
orgânica alcançada por 39 produtores
de banana, o quilombo poderá cobrar um preço
ainda maior pelo seu produto, graças ao valor
cultural, social e ambiental embutido.
Fonte: SMA Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa