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COORDENAÇÃO
ESTADUAL DO GERENCIAMENTO COSTEIRO TOMA POSSE
E JÁ INICIA TRABALHOS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Fevereiro de 2004
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O Grupo de Coordenação
Estadual do Gerenciamento Costeiro tomou posse
em reunião realizada nesta quarta-feira
(18/2) na Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
com a presença do secretário
José Goldemberg, que responde pela
presidência do grupo. Formado por oito
representantes do governo do Estado, oito
representantes
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dos municípios localizados
no litoral paulista e oito representantes
de organizações não-governamentais
desta região, o grupo já recebeu
como primeira tarefa a apreciação
do projeto de Zoneamento Econômico-
Ecológico para o Litoral Norte, elaborado
pelo Grupo Setorial formado pelos representantes
dos municípios de Ubatuba, Caraguatatuba,
São Sebastião e Ilhabela, que
começou a trabalhar em fevereiro de
2003.
Ao final da reunião, o Grupo de Coordenação
Estadual deliberou pelo encaminhamento do
projeto para apreciação do Conselho
Estadual do Meio Ambiente - Consema e marcou
para o início de março a próxima
reunião, na qual deverá discutir
e aprovar o regimento interno que deverá
nortear seu funcionamento.
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Para
que a pauta da primeira reunião transcorresse
com esta agilidade foi feita a apresentação
do primeiro projeto de Zoneamento Econômico-Ecológico
já concluído para os presentes.
A proposta, que já foi apresentada em
quatro audiências públicas realizadas
nos municípios que integram o Setor Litoral
Norte, respeitou as restrições
e os critérios estabelecidos pela Lei
Federal 7661/88 e as diretrizes fixadas para
o Gerenciamento Costeiro no Estado de São
Paulo, através da Lei Estadual 1019/98,
mas buscou compatibilizar os interesses e características
locais.
O projeto foi definido como um documento de
consenso entre os vários segmentos envolvidos
na sua elaboração e recebeu elogios
dos representantes do Setor do Vale do Ribeira
e do Setor Complexo Estuarino Lagunar Iguape-Cananéia,
que revelaram a expectativa de alcançarem
os mesmos entendimentos e a agilidade no encaminhamento
das propostas em elaboração para
as outras regiões que desenvolvem seus
planos setoriais de gerenciamento costeiro.
Uma ressalva feita por um dos representantes
do Grupo Setorial da Baixada Santista diz respeito
à possibilidade de alterações
nos decretos setoriais aprovados antes da conclusão
de todos os Planos de Zoneamento Econômico-Ecológico,
para que possam incorporar melhorias e avanços
obtidos nos projetos posteriores. A ressalva
foi prontamente acatada pela suplente da presidência
do Grupo de Coordenação, Lúcia
Sena, que também responde pela Coordenadoria
de Planejamento Ambiental Estratégico
e Educação Ambiental da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, responsável
pela implementação de todo o Plano
Estadual de Gerenciamento Costeiro no estado
de São Paulo. |
A Coordenação
A lei estadual que
instituiu o Plano do Gerenciamento Costeiro prevê
a constituição de um sistema colegiado,
com a participação do governo estadual,
municipal e a sociedade civil, com a atribuição
de elaborar a proposta de zoneamento ecopnômico-ecológico,
estabelecer prioridades regionais e propor o Plano
de Ação e Gestão.
Para regulamentar o sistema de gestão previsto
pela Lei Estadual, foi editado o Decreto n.º
47.303, de 7 de novembro de 2002, que institui e disciplina
a composição e o funcionamento do Grupo
de Coordenação Estadual e dos quatro
grupos Setoriais de Coordenação.
O Grupo de Coordenação Estadual do Gerenciamento
Costeiro é presidido pelo secretário
estadual do Meio Ambiente e conta com representantes
das secretarias estaduais da Agricultura e Abastecimento;
de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras; da
Educação; da Ciência, Tecnologia,
Desenvolvimento Econômico e Turismo; da Saúde;
dos Transportes e da Economia e Planejamento. O Setor
da Baixada Santista é representado pelo prefeito
de Praia Grande e de Santos, que têm como suplentes
os prefeitos de Itanhaém e Guarujá.
O Setor Estuarino Lagunar Iguape-Cananéia é
representado pelos prefeitos de Ilha Comprida e Cananéia,
com suplentes de Ilha Comprida e Iguape. O Setor Vale
do Ribeira é representado pelos prefeitos de
Tapiraí e Sete Barras e tem como suplentes
os prefeitos de Apiaí e Itariri. No Setor do
Litoral Norte a representação na Coordenação
Estadual ficou a cargo do secretário do Meio
Ambiente, Agricultura e Pesca de Caraguatatuba e do
Diretor de Meio Ambiente de São Sebastião
e as suplências estão a cargo da coordenadoria
do Plano Diretor de Ilhabela e da Secretaria de Arquitetura
e Urbanismo de Ubatuba.
As organizações não-governamentais
estão representadas no Litoral Norte pela ONG
Ambiental Litoral Norte e pela Associação
Módulo de Educação e Cultura.
Os suplentes são do Instituto Educa Brasil
e do Rotary Club de Ilhabela. Na Baixada Santista
os titulares das ONGs são da Diretoria Regional
da CIESP de Cubatão e da Associação
dos Empresários de Construção
Civil da Baixada Santista. Os suplentes São
do Centro Educacional Água Viva e Associação
dos Empresários de Construção
Civil de Bertioga. A Sociedade Civil Organizada no
Setor Vale do Ribeira tem como representantes a Instituição
de Geociências da Universidade de São
Paulo e a Associação Nascentes das Águas
Puras. Na suplência estão o Sindicato
dos Empregados em Estabelecimentos Bancários
e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos
do Vale do Ribeira. No Complexo Estuarino Lagunar
Iguape Cananéia, as Ongs que participam da
Coordenação são a Associação
Amigos do Bairro Pedrinhas e o Centro de Estudos Ecológicos
Gaia Ambiental. Tem como suplentes a Associação
dos Moradores do Icaraí e a Colônia de
Pescadores Z7 de Iguape.
Outras atribuições
O Zoneamento Econômico-Ecológico
é um dos instrumentos previstos pela Lei Estadual,
que deve ser elaborado de forma participativa, comunitária
e transparente. Ele é visto como a principal
ferramenta de ordenamento territorial, pois deve estabelecer
as normas que disciplinam a ocupação
do solo e do uso dos recursos naturais que compõem
os ecossistemas costeiros, apontando também
as atividades econômicas mais adequadas para
cada zona. Os outros instrumentos que devem ser implementados
para cada Setor do Gerenciamento Costeiro Estadual
são o Sistema de Informações,
que têm como objetivo armazenar as informações
cartográfica, estatísticas sócio-econômicas
e de sensoriamento remoto, organizadas para subsidiar
a gestão ambiental, o planejamento, o monitoramento
e o controle ambientais; o Plano de Ação
e Gestão, com um conjunto de programas e projetos
setoriais e integrados compatíveis com as diretrizes
estabelecidas no zoneamento e o Monitoramento, com
um conjunto de procedimentos que orienta o licenciamento
e a fiscalização das atividades sócio-econômicas,
a partir do acompanhamento das modificações
na cobertura vegetal, no uso do solo e das alterações
da qualidade das águas.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Eli Serenza)
Foto: Pedro Calado |