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OPERAÇÕES
DO IBAMA FISCALIZAM DEFESO DA PESCA NO PAÍS
Panorama
Ambiental
Fortaleza (CE) - Brasil
Fevereiro de 2004
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Uma grande operação
para conter a pesca predatória em período
de reprodução de espécies marinhas
e fluviais, está sendo desenvolvida em 10 estados
do País pelo Ibama. As ações
iniciadas no final do ano passado devem ser encerradas
somente quando terminar o período de piracema
(desova). Ao todo são 67 homens atuando nas
ações de fiscalização
nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará,
Paraíba, Pará, Tocantins, Goiás,
Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Nos estados litorâneos as equipes comandadas
pela Diretoria de Proteção Ambiental
do Ibama (Dipro), estão fiscalizando o defeso
da sardinha na região sul do Rio de Janeiro,
em Angra dos Reis, Mangaratiba, Parati e Cabo Frio.
Em Santa Catarina as operações estão
sendo realizadas na região de Itajaí
(defeso da sardinha) e na Reserva Biológica
do Arvoredo. Nos estados do Nordeste o Ibama está
fiscalizado o uso dos recursos pesqueiros ao longo
do litoral, desde a Paraíba até o Ceará.
Nesta faixa sa equipes estão atuando com ênfase
no combate à pesca predatória no período
de defeso da lagosta. Já nos estados de Mato
Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Pará,
a fiscalização está sendo feita
nas bacias hidrográficas onde a pesca está
proibida em função do período
de piracema.
Lagosta – Para combater a pesca predatória
da lagosta, o Núcleo de Operações
Aquáticas do Nordeste (Naqua/NE), da Gerência
do Ibama na Paraíba e ligado operacionalmente
à Dipro, está realizando a Operação
Naqua IV desde o dia 1º de fevereiro, percorrendo
o litoral dos estados da Paraíba, Rio Grande
do Norte e Ceará. As operações
Naqua I, Naqua II e Naqua III foram realizadas no
ano passado nos estados de Alagoas, Pernambuco, (incluindo
Atol das Rocas e Fernando de Noronha), Paraíba
e Rio Grande do Norte.
A Operação Naqua IV, desenvolvida pelo
Ibama no litoral dos estados do Nordeste visa proteger
as lagostas que tem seu período de defeso do
início de janeiro até o final de abril,
época da sua reprodução. Durante
estes meses a pesca do crustáceo está
proibida e a comercialização só
é permitida para os estoques capturados antes
do período de defeso e que foram declarados
ao Ibama até 31/12/03.
A ação está sendo desenvolvida
por uma equipe de 15 fiscais do Ibama, (oito do Ceará,
dois do Rio Grande do Norte, um de Pernambuco e quatro
da Paraíba), sob a coordenação
do técnico da Diretoria de Proteção
Ambiental do Ibama, Marcelo Amorim, de Brasília.
Utilizando a embarcação Naqua 103, do
Ibama, eles percorrem todo o litoral, abordando os
barcos de pesca para conferir se as licenças
de pesca estão em dia e se está havendo
a captura de lagostas no período de defeso.
A fiscalização ainda confere e faz o
controle dos estoques de lagostas dos frigoríficos,
restaurantes, peixarias, hotéis e comerciantes
em geral. A comercialização só
é permitida se as lagostas foram capturadas
e o estoque declarado no Ibama até o dia 31
dezembro. No período em que a pesca é
liberada, só é permitida a captura de
lagosta com tamanho mínimo de 11 cm de cauda
para a lagosta verde e 13 cm de cauda para a lagosta
vermelha.
Como parte da Operação Naqua IV, o Ibama
realizou no último domingo um arrastão
na Praia do Futuro, em Fortaleza. A equipe de agentes
ambientais, dividida em cinco grupos percorreu a praia
conferindo o produto que estava sendo comercializado
pelos vendedores ambulantes e nas barracas/restaurantes
que atendem o turista ao longo da orla. Os técnicos
do Ibama conferiam os estoques de lagosta e orientavam
os comerciantes sobre a proibição da
pesca da espécie e da possibilidade de comercialização
somente dos estaques declarados.
Segundo o gerente executivo substituto do Ibama no
Ceará, Camilo Santana, o combate à pesca
predatória da lagosta no período de
defeso é uma das prioridades do órgão
no Estado. “Esta operação vem reforçar
o trabalho que está sendo construído
pela fiscalização do Ibama no Ceará.
Fizemos, inclusive, um seminário para envolver
todos os segmentos da pesca de lagosta no sentido
de construir um planejamento conjunto do período
de defeso”.
Santana explicou, ainda, que foi realizada em Fortaleza
uma reunião com a os diretores do Ibama, de
Fauna e Recursos Pesqueiros, Rômulo Mello, e
de Proteção Ambiental, Flávio
Montiel, que contou com a participação
dos gerentes executivos do Ibama de todo o Nordeste,
para que a Operação Naqua IV fosse ampla,
abrindo caminhos para a conscientização
de toda a cadeia produtiva da lagosta, desde o pescador,
passando pelo comerciante, até o consumidor
final. “Se o consumidor estiver consciente de que
a pesca predatória vai levar ao desaparecimento
da espécie, ele deixa de comprar o produto
ilegal e, como conseqüência, o pescador
acaba sendo desestimulado a capturar a lagosta fora
de medida e durante o período de defeso”, conclui
o gerente.
Desde o início da Operação Naqua
IV até esta quarta-feira, 18/02, a equipe do
Ibama vistoriou 53 embarcações e 60
estabelecimentos diversos, nos estados da Paraíba,
Rio Grande do Norte e Ceará. Foram apreendidos
quatro barcos, 170 quilos de peixes diversos e 44
quilos de lagostas. Durante a operação
foram lavrados 19 termos de apreensão/embargo
e notificação.
Fonte: Ibama/Ascom (www.ibama.gov.br)
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