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PROJETO
NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO É
DESTAQUE DO OBSERVATÓRIO NACIONAL
NA 56ª SBPC
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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21/07/2004 - Minimizar
os riscos ambientais e contribuir para que as populações
possam utilizar as reservas de aqüíferos
de forma sustentável garantindo a produção
agrícola e pecuária é a proposta
de um dos projetos desenvolvidos pelo Observatório
Nacional (ON) no semi-árido nordestino.
Na 12ª Expociência que está sendo
realizada em Cuiabá (MT) até sexta-feira
(23), os visitantes podem conhecer o projeto que
une o ON e outras duas unidades de pesquisa do Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT) - o Centro de
Tecnologia Mineral (CETEM) e o Instituto de Radioproteção
e Dosimetria (IRD) – ligado à Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN), além
do Instituto Xingó.
A equipe de pesquisadores do ON combina imagens
de satélites, técnicas geofísicas
diversas, dados geológicos e sistemas de
informação geográfica para
encontrar água subterrânea. A primeira
fase do projeto abrange a gestão de águas
subterrâneas e educação ambiental
de populações dos estados de Sergipe,
Bahia e Piauí. Até agora já
foram perfurados 60 poços artesianos em locais
de terreno sedimentar.
O projeto foi um dos vencedores no edital do Programa
Petrobras Ambiental e recebeu R$ 3 milhões.
A proposta concorreu com 1.861 projetos, onde 30
foram selecionados.
Um dos integrantes do estudo, o pesquisador do ON,
Sergio Luiz Fontes, explica que o conceito metodológico
a ser desenvolvido exige uma abordagem integrada
e multidisciplinar. “Aliando o conhecimento científico
às mais eficientes e econômicas técnicas,
ao treinamento e conscientização das
comunidades envolvidas é possível
alcançar um ótimo resultado. Mulheres
e crianças que caminhavam até 12 km
para buscar água agradecem aos técnicos
do ON por este ser um trabalho vital para eles”,
lembra Fontes.
O Centro de Tecnologia Mineral desenvolve estudos
sobre a viabilidade técnica e o balanço
hídrico nas áreas de mineração,
geoquímica e análise de risco; o Instituto
de Radioproteção e Dosimetria, na
aplicação de técnicas nucleares
para avaliação das taxas de recarga
dos aqüíferos e desenvolvimento da qualidade
das águas e a COPPE, junto com a UFCG, na
implantação de processos de dessanilização
das águas subterrâneas. O Instituto
Xingó coordena as ações e dirige
os trabalhos de educação ambiental
como a criação de peixes, o consumo
familiar e a implantação de indústrias
extrativas minerais.
Os municípios escolhidos como áreas-piloto
são: Poço Redondo, Monte Alegre, Nossa
Senhora da Glória, Porto da Folha e Guararu,
em Sergipe; Caetité e Lagoa Real, na Bahia;
e Guaribas, no Piauí. No total, serão
18 mil pessoas que se beneficiarão diretamente
com as ações propostas pelo projeto.
Fonte: MCT – Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa (Adriane Cunha)