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SANTUÁRIO
DE BALEIAS TEM MAIORIA, MAS QUORUM NÃO
É SUFICIENTE PARA CRIAÇÃO
Panorama
Ambiental
Brasília (SP) - Brasil
Julho de 2004
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21/07/2004 - Com
26 votos a favor e 22 contra, a proposta brasileira
de criação do Santuário de
Baleias do Atlântico Sul teve maioria de votos
na reunião anual da Comissão Internacional
da Baleia (CIB), que está sendo realizada
em Sorrento, na Itália. Apesar de obter maioria,
com dois votos a mais que em 2003, o santuário
não será criado, pois pelas regras
da CIB seriam necessários três quartos
dos votos. O secretário de Biodiversidade
e Florestas do Ministério do Meio Ambiente,
João Paulo Capobianco, afirmou que o aumento
do apoio mostra que a tese brasileira é correta.
"Esses números mostram que, cada vez
mais países concordam com a proposta brasileira",
disse o secretário.
Capobianco informou que o Brasil irá ampliar
e intensificar a negociação com os
países da CIB para a criação
do santuário que abrange uma área
extremamente importante para a reprodução,
amamentação, migração
e a alimentação de diversas espécies
de baleias. O Santuário do Atlântico
Sul protegeria as baleias em uma região que
compreende, além do alto mar, as costas do
Brasil e da África, desde a linha do Equador
até o limite de 40 graus sul, onde se inicia
o Santuário Antártico.
Já existem dois santuários aprovados
- o da Antártida e o do Oceano Índico.
Uma outra proposta de santuário, a do Pacífico
Sul, apresentada pela Austrália e Nova Zelândia,
também foi rejeitada. Atualmente a caça
comercial às baleias é proibida, mas
um grupo de países tenta reverter a proibição.
A criação dos Santuários do
Atlântico Sul e do Pacífico Sul tem
como objetivo garantir que a caça nestas
regiões seja terminantemente vetada.
A proposta do Santuário do Atlântico
Sul foi apresentada em conjunto com a Argentina.
Nos dois países a observação
de cetáceos produz um importante fluxo turístico
em algumas regiões costeiras. No Brasil,
em Santa Catarina e na Bahia. Para todos os países
do Atlântico Sul, o ecoturismo, a pesquisa
científica e a valoração cultural
das baleias como espécie-símbolo da
conservação marinha tem grande importância
estratégica. Desde 1987 o Brasil pertence
ao grupo de países que optaram pelo uso não-letal
da baleias, uma maneira de tirar vantagem de maneira
sustentável, das espécies que freqüentam
nossas águas.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom