18,9 milhões,
provenientes de organismos internacionais e do
Governo do Estado. Para Paulo Kageyama, que dirige
o Programa Nacional de Conservação
da Biodiversidade, ligado ao Ministério
do Meio Ambiente, o projeto desenvolvido pela
SMA é resultado do trabalho de técnicos
e especialistas paulistas.
"Foi em São Paulo que a tecnologia
de restauração de matas ciliares
teve início e foi consolidada. Eu me orgulho
de pertencer ao grupo que, há vinte anos,
iniciou essas pesquisas. Como professor da ESALQ
- Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
fui pioneiro nesse estudo ao firmar convênio
com a CESP, que na época se chamava Centrais
Elétricas de São Paulo e que iniciava
o plantio de mata ao redor dos reservatórios",
afirmou.
"Naquela época, a Mata Atlântica
existente representava cerca de 10% de sua área
original, estando hoje com cerca de 7%. No início
dos anos 80 já tínhamos dado o alerta
de que a manutenção da Mata Atlântica
dependia da conservação das matas
ciliares". Kageyama ressaltou, ainda, que
não existe um programa efetivo de recuperação
de matas ciliares em nenhum Estado brasileiro,
sendo que em toda a costa brasileira, onde há
Mata Atlântica, a situação
de degradação é muito parecida.
"São Paulo dá início
a um programa sério e bem articulado, que
para ser levado adiante precisa da ajuda da sociedade.
Pela quantidade e qualidade do público
presente a este evento, acho que o projeto conta
com o apoio de toda a comunidade", concluiu.
O secretário do Meio Ambiente, professor
José Goldemberg, também concorda.
Segundo Goldemberg, o projeto precisa da cooperação
de grande quantidade de parceiros e não
pode ser implementado de cima para baixo. "Achei
importante realizarmos esta apresentação
para que, de forma democrática, a sociedade
possa discutir, contribuir e dar sugestões",
ponderou .
O projeto será implementado em quatro anos,
nas cinco bacias hidrográficas consideradas
prioritárias: Paraíba do Sul, Piracicaba,
Mogi-Guaçu, Tietê-Jacaré e
Aguapeí. Os resultados do projeto vão
propiciar a formulação de um programa
que será implementado em todo o Estado.
A estrutura do projeto foi dividia em cinco componentes:
Desenvolvimento de Políticas; Apoio à
Restauração Sustentável de
Florestas Ciliares; Investimentos em Práticas
de Uso Sustentável do Solo e Restauração
Florestal; Capacitação, Educação
Ambiental e Treinamento; e Gestão, Monitoramento
e Avaliação, Disseminação
de Informações.
O projeto já foi submetido e aprovado em
novembro do ano passado pelo GEF - Global Environmental
Facility, um organismo financeiro internacional,
integrado por 176 países, que atua em benefício
do meio ambiente global, mediante doações
para países em desenvolvimento, destinadas
à implantação de projetos
ambientais. O custo total do projeto será
de US$ 18,9 milhões, provenientes do GEF
e do Governo do Estado.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Cris Olivette)