USP e consultor
da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental, disse que “desde a primeira revolução
industrial, quando o uso do calor era utilizado
para extrair água das minas de carvão,
que constituía fonte de força motriz,
liberando os fluxos da natureza, até a
perfuração do primeiro poço
de petróleo e o desenvolvimento do motor
a quatro tempos, do motor a diesel e a geração
de energia elétrica por meio da energia
mecânica, o petróleo e seus derivados
vêm assumindo relevante função
na sociedade”.
Segundo Cardoso, a preocupação com
as questões ambientais a partir da década
de 60, inicialmente com a poluição
das águas, do solo e do ar, vem promovendo
uma corrente favorável às energias
renováveis como a solar, biomassa, hidráulica
e eólica.
Para Flávio Miranda Ribeiro, mestre em
energia pela USP e técnico da CETESB, “a
forma ideal de desenvolvimento sustentável
é aquele que permite às gerações
atuais satisfazer suas necessidades com um mínimo
de impacto ambiental, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras”.
O engenheiro Olímpio de Melo, da CETESB,
destacou que o Estado de São Paulo detém
40% da frota motorizada do país, estimada
em 14,5 milhões de veículos, sendo
7,5 milhões na Região Metropolitana
de São Paulo. Isto quer dizer que há
um veículo para cada dois habitantes.
Como contraponto, o técnico da CETESB citou
o exemplo da Suécia, que aumentou a área
de circulação para pedestres, alargando
suas calçadas nas principais vias. Trata-se,
na sua opinião, de uma atitude positiva
sob o ponto de vista ambiental, que poderia ser
imitada em outras localidades.
Plínio Barbosa Pires, da Secretaria de
Energia, falou sobre o programa de racionalização
do uso de energia lembrando que, embora seja inevitável
deixar de pensar em racionamento, é preciso
deixar clara a diferença entre racionar
e racionalizar.
O objetivo do programa de racionalização
é fazer com que as pessoas utilizem os
benefícios da energia de maneira racional,
economizando sem precisar abrir mão do
conforto. Entre outras questões, explicou
que é necessário, por exemplo, avaliar
a vida útil dos aparelhos e como serão
usados, pois de cada R$100,00 em energia que se
consome, R$34,00 são desperdiçados
por equipamentos mal instalados.
“O sucesso de qualquer programa está nas
pessoas, independentemente da formação
profissional, pois o fator principal é
a vontade de participar, mudar e melhorar”, enfatizou
Plínio Barbosa Pires ao encerrar sua palestra.
Roberto Teixeira Pessine, da USP, falou sobre
o tema “Energia: biomassa e hidrogênio”,
citando os tipos de fontes de energia, renováveis
e não renováveis. Segundo o palestrante,
94% da energia produzida no país é
hidráulica, lembrando que toda transformação
de energia causa alteração no meio
ambiente, embora no caso das energias renováveis
esse impacto seja mais ameno.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Wanda Carrilho e Cíntia
Frassini)