Esta será
a segunda vez que a OPS firma convênio com
a CETESB com atribuições, prazos
específicos e repasse de recursos. Desta
vez, os países beneficiados deverão
ser o Equador e El Salvador. A formalização
da nova carta deverá ocorrer em julho próximo,
depois de definido o plano de trabalho, que inclui
diagnóstico e curso similar ao realizado
no Panamá, mas também prevê
a veiculação da versão em
espanhol do site de emergências ambientais
colocado no ar no final de 2003 pela CETESB.
Nele está incluído o manual de produtos
químicos, com 879 fichas detalhando características,
riscos e procedimentos para lidar com os diferentes
produtos em casos de acidentes.
O acordo deverá incluir também a
estruturação de uma rede de emergência
para a América Latina, que será
administrada e gerenciada pela CETESB, oferecendo
aos órgãos ambientais e de defesa
civil dos países latino-americanos a oportunidade
de intercâmbio de informações
e fazer consultas sobre procedimentos para prevenção,
preparação e resposta a acidentes
químicos.
Os acertos foram feitos com Ciro Ugarte, assessor
do coordenador do Programa de Emergências
e Desastres - PED, da OPS, no último dia
19 de maio, quando esteve em visita à agência
ambiental para receber os relatórios com
os resultados da primeira carta-acordo. Na ocasião,
Ugarte também agradeceu à CETESB
pela cooperação no atendimento a
uma emergência no Paraguai, em julho do
ano passado, quando ocorreu um incêndio
em um grande depósito de pesticidas.
Em conversa com o presidente da CETESB, Rubens
Lara, e o diretor de Engenharia, Tecnologia e
Qualidade Ambiental, Lineu Bassoi, Ugarte revelou
que a agência ambiental tem sido o centro
de referência com maior agilidade nas respostas,
entre todas as instituições credenciadas
pela Organização Mundial da Saúde,
da Organização das Nações
Unidas - ONU, nas mais diversas áreas.
A CETESB atua como Centro de Referência
em Preparação de Emergência
de Desastres Ambientais para a América
Latina desde 1992 e é a única agência
ambiental no mundo a receber esta designação,
em razão do seu desempenho e da experiência
acumulada nos 25 anos de atuação
na área.
A indicação foi renovada em 2002,
com validade por mais quatro anos. Isso quer dizer
que ela é o órgão indicado
pela OPS para dar apoio ou prestar serviços
aos países latino-americanos no atendimento
a emergências químicas, o que inclui
a elaboração de planos, treinamento
de equipes e cursos para a prevenção,
preparação e resposta a acidentes
químicos.