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PESQUISA
DA EMBRAPA COMPROVA VIABILIDADE DO CULTIVO
DA SERIGUEIRA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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A Embrapa Solos
(Rio de Janeiro -RJ), centro de pesquisa da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, concluiu o zoneamento da cultura
da seringueira para o estado do Rio de Janeiro.
Esse trabalho demonstra quais áreas do estado
apresentam condições ideais para o
cultivo satisfatório dessa árvore.
A Embrapa Solos decidiu investir nesta pesquisa
porque a seringueira e o látex passaram a
ser computados internacionalmente como uma das possíveis
commodities ambientais da primeira metade do século
XXI. Ou seja: a cultura tem potencial de participar
do futuro mercado de carbono; agregando valor à
matéria-prima vegetal.
No zoneamento são excluídas as áreas
de proteção legal e as unidades de
conservação e proteção
integral, que ocupam 5,98% do território
fluminense. Também são excluídas
unidades de conservação de uso sustentável,
vegetação florestal de mata atlântica
e remanescentes de restinga.
Baseado em atributos de clima e de solo, levando
em consideração o risco de doenças
e utilizando como base o mapa de solos do estado,
na escala 1:250.000, elaborado pela própria
Embrapa Solos, o Rio tem 25% de áreas aptas
ao cultivo da seringueira.
Já 24% do território apresenta ligeiras
restrições à cultura da seringueira
(falta ou excesso de chuva, ameaça de doenças
das folhas, solo muito compactado e relevo muito
ondulado).
Na década de 80 aconteceram os primeiros
plantios de seringueira no estado. No entanto, as
áreas que foram selecionadas (norte e noroeste
fluminense) levaram-se em consideração
apenas fatores climáticos, sem dar a devida
atenção para as limitações
impostas pelo solo e doenças.
Naquela ocasião foram implantados aproximadamente
260 hectares. "O atual zoneamento, realizado
pela Embrapa Solos, foi baseado em parâmetros
de solo, clima e risco de doenças, principalmente
foliares", afirma a pesquisadora Ciríaca
Santana do Carmo da Embrapa Solos.
As melhores áreas no estado para plantio
da seringueira são: Vale do Paraíba
(Paty do Alferes, Vassouras etc.), divisa de Minas
Gerais (Cantagalo, Cordeiro) e parte do noroeste
fluminense, na fronteira com o Espírito Santo
(Varre e Sai).
O lançamento do mapa ocorreu no dia 25 de
junho, às 14h, como parte do seminário
Heveicultura no Estado do Rio de Janeiro: Revitalização
dos Seringais Existentes e Perspectivas, na sede
da FIRJAN (Rua Graça Aranha, 1, 12o andar,
Centro).
O mapa foi financiado pela Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de
Janeiro (FAPERJ) e tem como parceiros a Empresa
de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio
de Janeiro (Pesagro) e a Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan).
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Carlos Dias)