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DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL PARA AMAZÔNIA É
META DE GOVERNO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje que o governo
federal está determinado a promover o desenvolvimento
integrado da Amazônia. Em resposta a questionamentos
feitos por senadores durante audiência na
Subcomissão Permanente da Amazônia,
a ministra destacou que o objetivo para a região
é permitir a geração de renda
sem a provocar a destruição da floresta.
A ministra, que participou da audiência com
o ministro da Integração Nacional,
Ciro Gomes, disse que o principal instrumento é
o Programa Amazônia Sustentável (PAS),
que está sendo elaborado pelo governo e será,
em breve, discutido com os governadores e a sociedade
da Amazônia. "O grande esforço
é criar um programa que leve a cada um dos
estados o desenvolvimento sustentável real.
Poderemos assim diminuir o ritmo do desmatamento.
Os resultados nesse sentido serão um esforço
não só do governo federal, mas também
dos governos estaduais e do Congresso Nacional",
declarou a ministra.
A ministra informou que o PAS está sendo
elaborado com a contribuição de representantes
de 10 ministérios, sob a coordenação
geral do Ministério da Integração
Nacional e com a secretaria-executiva do Ministério
do Meio Ambiente. A ministra fez questão
de afirmar que o PAS está sendo elaborado
não como uma proposta imposta pelo governo,
mas a partir de experiências acumuladas pela
sociedade da região, seja a partir da comunidade
acadêmica e científica, de governos
estaduais e da população. "Nós
sabemos que as bases materiais do processo já
estão colocadas, mas o governo federal tem
a obrigação de estabelecer isto como
uma dinâmica de governo a partir do planejamento
descentralizado", disse.
Explicou, também, aos senadores que o PAS
trará uma modificação no sistema
de oferta de crédito para a implementação
de negócios na região amazônica.
O objetivo é garantir que todo empreendimento
leve em consideração a questão
ambiental no planejamento para obter recursos do
governo. "Não podemos utilizar recursos
públicos para financiar o desmatamento na
Amazônia", afirmou Marina Silva.
A ministra anunciou a criação de uma
Comissão Coordenadora Nacional de Políticas
para Agroextrativismo. Segundo a ministra, o objetivo
é permitir a adoção de políticas
integradas entre os diversos ministérios
como Educação, Agricultura, Saúde,
Integração, Desenvolvimento Agrário
e Meio Ambiente para beneficiar as populações
extrativistas.
A ministra relatou que, segundo dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto
de 2002 e agosto de 2003, foram desmatados na região
25,7 mil quilômetros quadrados - o segundo
maior índice da história, inferior
apenas ao de 1995, que foi de 29 mil quilômetros
quadrados. Ela ressaltou, porém, que entre
2002 e 2003 houve um aumento de apenas 2% no ritmo
de devastação. "A queda no ritmo
de desmatamento não é motivo de comemoração,
mas nos dá ânimo para trabalhar. E
por que ela aconteceu? Porque conseguimos fazer
um planejamento das operações de combate
ao desmatamento e melhorar a eficiência da
fiscalização pelo Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), mesmo com dificuldades de pessoal
e de recursos", afirmou.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom