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ENTIDADES
RECEBEM R$ 1,4 MILHÃO PARA PESQUISAR
FLORA NACIONAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004
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A Comissão
Nacional da Biodiversidade aprovou quatro instituições
para dar início às pesquisas voltadas
ao Projeto Espécies da Flora Brasileira de
Importância Econômica Atual ou Potencial
- Plantas para o Futuro. O Projeto destinará
R$ 1,4 milhão para estudos sobre diversidade
biológica nas cinco regiões do país.
Na Região Norte, o trabalho será desenvolvido
pelo Museu Paraense Emílio Goeldi; no Nordeste,
pela Associação Plantas do Nordeste;
no Centro-Oeste, pela Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia; e na Região Sudeste, pela
Fundação Biodiversitas. Cada entidade
poderia enviar projetos com valor de até
R$ 280 mil.
Devido à baixa resposta às cartas
consulta enviadas em fevereiro deste ano, o Plantas
para o Futuro será relançado este
mês na Região Sul. Os convênios
com as instituições já definidas
serão assinados até o fim de maio.
Com a pesquisa, serão criados Grupos de Trabalho
nas cinco regiões do país, que realizarão
um levantamento sobre as espécies da flora
utilizadas pelas populações em nível
local e regional para fins alimentícios,
medicinais e fitoterápicos, principalmente.
O trabalho deve ser concluído até
junho de 2005. Em seguida, segundo Lídio
Coradin, gerente de Recursos Genéticos do
MMA, serão priorizadas as variedades com
potencial mais imediato para uso direto e/ou lançamento
comercial e identificadas aquelas que necessitarão
de maiores estudos de suas propriedades e princípios
ativos. "Essa etapa será importante
inclusive para atrair investimentos dirigidos do
setor empresarial", diz Coradin.
Apesar do grande potencial da diversidade biológica
brasileira para inúmeras aplicações,
como alimentação, medicamentos e na
indústria da biotecnologia, grande parte
dos recursos utilizados no país é
exótica. De acordo com o gerente, cerca de
60% da base alimentar nacional é formada
por espécies estrangeiras de soja, milho,
arroz, batata, feijão e trigo. "A idéia
é identificar espécies vegetais com
possível uso comercial, tanto em larga escala
como para mercados especiais", explica o gerente.
A "domesticação" de plantas
nativas, inclusive daquelas já conhecidas
e comercializadas por populações locais
e regionais, é uma grande oportunidade a
ser explorada. No Brasil, essa riqueza é
subutilizada, principalmente por padrões
culturais que privilegiam produtos exóticos.
No entanto, segundo a Gerência de Recursos
Genéticos do MMA, mercados nacionais e internacionais
têm amplo espaço para novos produtos.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom