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GOVERNO
INVESTIRÁ NA EXPORTAÇÃO
DE PEIXES DA AMAZÔNIA E PANTANAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004
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A partir de agora,
tucunaré, tambaqui, pintado, dourado, pirarucu
e outros peixes nativos da Amazônia e do Pantanal
estão inseridos na pauta da Agência
de Promoção e Exportações
do Brasil (Apex-Brasil), do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior. Por meio de um convênio assinado
hoje entre a Apex-Brasil e a Secretaria Especial
de Aqüicultura e Pesca (SEAP), o governo federal
investirá mais de R$ 2 milhões na
divulgação, exportação
e abertura de novos mercados para esses peixes.
O projeto visa consolidar a qualidade deste grupo
de peixes no exterior e incentivar o ingresso dos
pequenos produtores no mercado exportador. Além
dos tradicionais mercados consumidores, como Estados
Unidos, França, Espanha e Itália,
a parceria pretende ampliar as relações
comerciais com mercados promissores como Oriente
Médio, Japão e China, através
da promoção de rodadas de negócios
e a participação em feiras internacionais.
Segundo o presidente da Apex-Brasil, Juan Quiróz,
a agência, que monitora 122 países
responsáveis por 92% do comércio mundial,
criará um centro de inteligência específico
do setor de pescado para prospectar novos destinos
de exportação. A meta é ampliar
o volume de exportação de 33 mil toneladas,
registrada em 2003, para 50 mil toneladas até
o final de 2005.
"O Brasil hoje possui duas grandes marcas,
a Amazônia e o Pantanal. Vamos estimular essas
marcas e aumentar a demanda pelo pescado nativo
do país", explicou Juan Quiróz,
ressaltando que o aumento das exportações
envolverá cerca de 70 empresas e possibilitará
a geração de mais de 3.500 empregos
diretos no setor.
Para o secretário de Aqüicultura e Pesca,
José Fritsch, a parceria com a Apex-Brasil
tem tudo para dar certo, já que o pescado
brasileiro possui um elevado padrão de qualidade
e de rastreabilidade, pré-requisitos para
a entrada do produto nos mercados mais exigentes.
"Nossos pescados nativos têm elevada
qualidade e os que vêm da aquicultura são
cultivados sem aditivos químicos ou antibióticos".
Em 2003, o Brasil exportou US$ 419 milhões
em pescados, com destaque para o camarão,
a lagosta e o atum. Com o projeto, o governo quer
impulsionar a exportação de peixes
nativos de água doce cultivados, além
das espécies capturadas na pesca marítima.
"O peixe orgânico brasileiro tem tudo
para ganhar o mundo", afirmou José Fritsch,
ressaltando que a demanda mundial por produtos orgânicos
tem registrado um aumento anual da ordem de 12%.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Maurício Cardoso