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CAPTURA
DE CARANGUEJO ESTÁ EM DISCUSSÃO
NO PARÁ
Panorama
Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Janeiro de 2005
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(19/01) - O gerente
executivo do Ibama/PA, Marcílio Monteiro,
pesquisadores do Centro de Pesquisa e Gestão
de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (Cepnor)
e 70 representantes de catadores de caranguejo discutem
hoje captura, comercialização e período
de defeso desse crustáceo no litoral paraense.
Também está na pauta a exportação
do produto, o combate à pesca predatória
e o seguro social dos caranguejeiros.
Pesquisadores e estudiosos asseguram que o caranguejo
está desaparecendo dos manguezais nordestinos.
Por isso, a espécie capturada nos manguezais
do Pará passou a ser o mais novo alimento
degustado nos bares e restaurantes do Ceará,
Bahia e Pernambuco. A unidade chega a custar até
R$ 5 aos turistas.
Durante o encontro com catadores, será discutida
ainda a portaria do Ibama que estabelece o período
de andada do caranguejo Uça, quando machos
e fêmeas saem de suas tocas para acasalarem-se
em noites de luar. Neste período, os caranguejos
ficam mais expostos à ação
predatória do homem.
Segundo Marcílio Monteiro, o Ibama quer que
o defeso dure os três meses de andada do caranguejo,
com proibição de captura e comercialização
em algumas regiões ou em todo o estado. Para
compensar a falta de trabalho, as famílias
devem receber seguro especial.
No ano passado, todas as discussões e depoimentos
dos catadores de caranguejo, estudiosos, pesquisadores
e ambientalistas recomendavam período de
dois meses para o defeso do caranguejo. O objetivo
era conservar os estoques pesqueiros com a exploração
obedecendo a critérios de racionalidade econômica,
social e ecológica.
Segundo a pesquisadora alemã, Karin Diele,
do MADAM, projeto que estuda o manejo e a dinâmica
em áreas de manguezais, as andadas variam
em intervalos de quatro a oito dias e acontecem
nas luas nova ou cheia e, a cada ano, sofrem mudanças.
"Entretanto, o período de andada não
pode ser generalizado para todo o litoral paraense",
explica.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Edson Gillet Brasil)