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GOVERNO NUNCA REJEITOU
FINANCIAMENTO DO BIRD E ESTÁ APLICANDO
US$ 1 BILHÃO EM OBRAS HÍDRICAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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O Governo Federal,
além de nunca haver rejeitado financiamento
de US$ 1 bilhão do Banco Mundial (BIRD),
está aplicando em obras hídricas exatamente
esta quantia, informou ontem o chefe de gabinete
do Ministério da Integração
Nacional e coordenador do Projeto São Francisco,
Pedro Brito. “O programa Pró-Água
Semi-Árido, financiado pelo BIRD e pelo JBIC
(Japan Bank for International Cooperation), está
sendo executado com sucesso em vários Estados
do Nordeste, com aplicação de US$
330 milhões. Neste momento, o Ministério
da Integração Nacional conclui a formatação
do Pró-Água Nacional, para atender
áreas carentes de abastecimento de água
em todo o país, no qual deverão ser
aplicados US$ 670 milhões. A soma desses
dois programas dá exatamente US$ 1 bilhão”,
disse Brito.
As informações do chefe de Gabinete
do Ministério da Integração
Nacional foram dadas a propósito de matéria
publicada hoje pelo Correio Braziliense e Estado
de Minas, segundo a qual o governo havia rejeitado
oferta de financiamento do Banco Mundial para aplicar
US$ 1 bilhão em obras hídricas. Brito
explicou que a reportagem está equivocada.
“O Banco Mundial é e continuará sendo
um parceiro importante do governo brasileiro e está
apoiando obras hídricas na Bahia, Paraíba
e no Ceará, onde financia a interligação
de bacias por meio do Canal da Integração,
obra do governo cearense já com 50 km em
operação”, exemplificou.
Distribuição
garantida
“As obras que o Banco
Mundial está financiando são complementares
ao Projeto de Integração do Rio São
Francisco com as Bacias Hidrográficas do
Nordeste Setentrional. Numa imagem mais fácil
de assimilar, se se considerar a integração
de bacias como o braço, os açudes
como a mão e as adutoras como os dedos, veremos
que o Banco Mundial está financiando as obras
que permitirão antecipadamente a mais ampla
distribuição das águas que
serão captadas no rio São Francisco”,
disse Pedro Brito. “Essas adutoras são a
garantia da mais alta capilaridade do projeto, beneficiando
com abastecimento de água o maior número
de habitantes do semi-árido setentrional”,
concluiu.
O diretor do Departamento de Desenvolvimento Hidroagrícola
do Ministério da Integração
Nacional, Ramon Rodrigues, disse que, além
de financiar o Pró-Água Semi-Árido,
o Banco Mundial está financiando também
programas estaduais de gestão de recursos
hídricos no Ceará, Paraíba
e Bahia, entre outros, para distribuir água
à população sem abastecimento.
Âmbito
Nacional
“O Pró-Água
Semi-Árido começou em 1998 e termina
este ano (2005), mas será substituído
pelo Pró-Água Nacional, que vai aplicar
US$ 670 milhões em áreas carentes
de recursos hídricos em todo o país,
até 2010. Com esse programa vamos atender
o norte de Minas Gerais, em torno do vale do Jequitinhonha,
a metade sul do Rio Grande do Sul, a zona do carvão
em Santa Catarina, para evitar a contaminação
do aqüífero, e faixas de fronteira,
além do semi-árido nordestino. O financiamento
externo virá das fontes habituais para esse
tipo de programa, principalmente o Banco Mundial,
o JBIC”, disse Ramon Rodrigues.
O secretário de Infra-estrutura Hídrica
do Ministério, Hypérides Macedo, lembrou
que ações do Pró-Água
não são localizadas, mas estruturantes.
“O Governo Federal e os governos estaduais estão
empenhados em fazer obras estruturantes, por meio
do Pró-Água Semi-Árido e do
Pró-Água Nacional, com o apoio do
Banco Mundial. Há também a preocupação
de que as comunidades pequenas sejam beneficiárias
dos grandes sistemas. Hoje se vê, ao lado
das grandes adutoras, as tomadas de água
para as comunidades próximas, por menores
que sejam”, disse.
Números
do Pró-Água
Até
agora, o Pró-Água Semi-Árido
concluiu 678 km de adutoras nos Estados do Rio Grande
do Norte, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais,
Ceará e Bahia, levando água para 876.295
pessoas. Estão em execução,
no momento, 1.047 km de adutoras, nos mesmos Estados
e mais Sergipe e Alagoas, garantindo o abastecimento
de água para 2.515.394 habitantes. E estão
em fase de contratação 947 km de adutoras,
que atenderão 1.926.336 habitantes dos Estados
de Sergipe, Piauí, Pernambuco, Minas Gerais,
Ceará e Bahia. O Pró-Água Semi-Árido
atenderá a 5,3 milhões de brasileiros.
Fonte:Ministério da Integração
(www.integracao.gov.br)
Assessoria de imprensa