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NILMÁRIO
NÃO ACREDITA QUE TRABALHADOR ASSASSINADO
NO PARÁ FOI MORTO POR VIGANÇA
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Fevereiro de 2005
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15/02/2005 - O ministro
da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário
Miranda, disse não acreditar que o assassinato
do trabalhador Adalberto Xavier Leal, ocorrido no
último domingo, tenha sido motivado por vingança.
Xavier trabalhava para o fazendeiro Vitalmiro Bastos
de Moura, acusado de ser o mandante do assassinato
da missionária Dorothy Stang.
A polícia investiga a possibilidade de o
crime, ocorrido um dia após a morte da religiosa,
estar relacionado à vingança de pessoas
ligadas à missionária. "Pelo
que eu conversei com pessoas, inclusive citadas
como possíveis agressores, não vi
a menor possibilidade de uma ação
de retaliação", afirmou Nilmário,
ao acrescentar que o trabalho da polícia
é investigar todas as hipóteses.
Para o ministro, uma das possibilidades que devem
ser apuradas é a de queima de arquivo. "Quem
matou o Adalberto é gente ligada ao Tota",
disse Nilmário, referindo-se a Amauri Segove,
que seria o intermediário do assassinato
de Dorothy Stang. A Justiça paraense decretou
a prisão dos dois suspeitos de envolvimento
na morte da freira, assim como de dois pistoleiros
que teriam participado da emboscada.
A missionária foi morta a tiros no sábado
(12), no município de Anapu (PA). O crime
ocorreu quando ela se dirigia a um encontro em que
iria organizar um mutirão para construir
um salão comunitário no assentamento
Esperança, situado a 45 quilômetros
de Anapu, onde residia há 27 anos.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Juliana Andrade