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PARÁ
ESTÁ EM 20º LUGAR NO RANKING
DA CAMPANHA DO DESMATAMENTO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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15/02/2005 - O município
de Anapu, no oeste do Pará, a 47 quilômetros
do local onde foi assassinada a missionária
Dorothy Stang, no sábado (12), não
tem posto credenciado para o recebimento de armas
de fogo. De acordo com a Superintendência
da Polícia Federal, até o dia 31 de
janeiro o estado do Pará havia recebido 4.347
armas, dentro da campanha do desarmamento.
No ranking dos estados que mais entregaram armas
de fogo, proporcionalmente ao número de habitantes,
o Pará está em vigésimo lugar
– Sergipe está em primeiro, com 8.153 armas.
Na capital, Belém, foram recolhidas 3.340
armas. Já no município de Marabá,
onde é registrado o mais alto índice
de criminalidade do estado, apenas 94 armas foram
entregues. O município que mais recolheu
armas foi Santarém, com 892.
"O problema do Pará é que a campanha
do desarmamento ficou na capital", disse o
coordenador do Comitê Estadual Pró-Desarmamento,
Kleverson Rocha. Uma das metas da campanha é
envolver a população do interior do
estado. Entre as estratégias a serem usadas
neste ano para conscientizar os moradores dos municípios
da importância do desarmamento está
a divulgação da campanha na folha
de pagamento dos funcionários e nos extratos
bancários.
Em outubro do ano passado, aumentou o número
de postos de coleta de armas, após o pedido
feito pelo ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, durante a Caravana do Desarmamento,
por um engajamento dos governos estaduais e da sociedade
civil na campanha. Mas a falta de documentos e de
conta bancária, segundo o coordenador, impedem
que o número de armas entregues seja maior.
"Muitos gostariam de entregar armas, mas não
têm conta em banco, documento nem certidão
– então o governo não tem como pagar",
lembra Antônio Elias Rego, técnico
de apoio da campanha do desarmamento da Policia
Federal no Pará.
O Comitê Estadual Pró-Desarmamento
divulga o recolhimento de armas por meio de ações
sociais, em que a população pode,
entre outras atividades, fazer seus documentos.
O governo paga entre R$ 100 e R$ 300 por cada arma
de fogo.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Graziela Sant’anna