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MINISTRO DIZ QUE GOVERNO
ESTÁ INVICTO DE QUE MORTE DA FREIRA
FOI RETALIAÇÃO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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22/02/2005 - O ministro
Jacques Wagner, chefe da Secretaria Especial do
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,
disse hoje que o assassinato da freira norte-americana
naturalizada brasileira Dorothy Stang foi uma retaliação
à atuação do governo federal
naquela área.
"Acho importante que essa informação
seja disseminada. Na nossa opinião, a morte,
não só da irmã Dorothy, como
de outros membros da direção dos sindicatos,
não é conseqüência de omissão,
mas, na minha opinião, diria que essa é
quase uma convicção interna de governo,
de que o crime foi uma retaliação",
disse o ministro.
Segundo ele, a maior taxa de investimento do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) e aplicada na região.
Lembrou ainda que na ocasião do crime a ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, estava na área
para um debate com pequenos produtores sobre o projeto
de Lei que regulamenta o uso racional da floresta
amazônica e que foi enviado ao Congresso Nacional
depois do crime.
O ministro também disse que a questão
fundiária na região é delicada,
precisa ser muito trabalhada porque é uma
área extensa e com muita titulação
irregular. Para Wagner, no entanto, é preciso
separar os trabalhadores, que mesmo na ilegalidade,
estão sendo enganados, das quadrilhas que
fazem especulação na região.
Wagner participou nesta terça-feira do "Diálogo
de Fundações, Redes Sociais, Governo
Brasileiro e Banco Mundial", em Brasília.
O evento é uma iniciativa da Unidade Fundações
do Banco Mundial e do Comitê Internacional
da European Foudation Centre. O ministro pediu às
fundações americanas e européias
que construam com o governo brasileiro uma parceria
de mão dupla.
"Via de regra a madeira cortada ilegalmente
da Amazônia destina-se a grandes centros produtores
de movelaria. Portanto, a ação que
temos que desenvolver tem que ser aplicada na origem
e no destino", afirmou.
O ministro ressaltou, no entanto, que existe uma
convicção do governo Lula de que só
por meio do diálogo o país terá
condições de construir uma sociedade
verdadeiramente desenvolvida. O Fórum Diálogo
de Fundações termina amanhã
(23) e debate questões como a inclusão
social, juventude, Amazônia e Nordeste, com
destaque para a questão do semi-árido.
O objetivo é o estabelecimento de parcerias
que permitam multiplicar iniciativas de sucesso
e abrir caminhos a mais investimentos na área
social no Brasil, ainda este ano. Segundo informação
da Fundação Banco do Brasil, estudo
realizado pelos institutos Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) revelou que em 2002, existiam no
país 275,8 mil fundações privadas
e associações sem fins lucrativos.
Um crescimento de 157% em relação
à última pesquisa feita em 1996.
Esse crescimento levou o Banco Mundial a organizar
o encontro Diálogo de Fundações,
Redes Sociais e o Governo Brasileiro para que os
interesses comuns sejam discutidos.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Daniel Lima