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MOSTRA NO MUSEU OCTÁVIO
VECCHI REVELA TREM DA CANTAREIRA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Fevereiro de 2005
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24/02/2005
As histórias em torno do "Tramway"
ou o Trem da Cantareira, como era mais conhecido,
estão registradas nas fotos exibidas
na exposição inaugurada pelo
governador Geraldo Alckmin, no último
dia 13 de fevereiro, no Museu Octávio
Vecchi - o "Museu da Madeira" como
é mais conhecido -, no Parque Estadual
Alberto Löfgren, o Horto Florestal, mantido
pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado,
na Zona Norte da Capital.
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São
dezenas de imagens retratando as diversas
fases de atividades do serviço iniciado
em 1893 e encerrado em 1964, quando as velhas
locomotivas cederam lugar aos automóveis
com os quais disputavam espaço nas
estreitas ladeiras que davam acesso aos bairros
da região. A exposição
tem entrada franca e está aberta à
visitação de segunda a sexta-feira,
das 9 às 12 horas e das 13,30 às
16,30 horas, até o dia 24 de março,
no espaço Antônio Oppido.
Os trens e o Horto dividiram histórias
durante cerca de 70 anos. A estrada de ferro
foi instalada para permitir a realização
das obras do Reservatório da Cantareira,
em 1893, planejado para reforçar o
abastecimento da cidade de São Paulo.
O parque que abriga o Horto e o Instituto
Florestal foi instalado nas terras desapropriadas
da antiga Fazenda Pedra Branca e oficialmente
inaugurado em 1896. |
Logo
começou a receber os visitantes, que
utilizavam o trem para fazer passeios e piqueniques
junto aos lagos, alamedas e arboreto e tinham
o acesso facilitado pela estação
localizada junto ao portão do Horto.
O ramal da Cantareira, que se ligava à
Estrada de Ferro Sorocabana, servia também
para levar mudas, sementes e essências
produzidas pelo Horto para vários pontos
do Estado. |
Mas havia muitas outras estações
ao longo do percurso que saía da região
do Tamanduateí e seguia até
o Mandaqui, sendo estendido posteriormente
até Cumbica, em Guarulhos. Ao facilitar
o acesso à Cantareira, o trem foi responsável
pela formação e ocupação
dos bairros, que se ergueram nas proximidades
das estações. Ao mesmo tempo
que transportavam passageiros, os vagões
serviam também para levar trabalhadores
e material para inúmeras construções
históricas, como é o caso do
Batalhão Tobias de Aguiar, Penitenciária
do Carandiru, Liceu de Artes e Ofícios
e Pinacoteca do Estado. Outras obras que tiveram
material transportado pelo "Tramway"
foram o Teatro Municipal e o Mercado Municipal,
o edifício central dos Correios,
a Escola Caetano de Campos, a
Catedral da Sé e a
Santa Casa de Misericórdia.
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As fotos registram
as transformações da cidade ao longo
dos anos, assim como a moda e os costumes entre
o final do século 19 e a primeira metade
do século vinte. Nos textos que acompanham
as fotos estão registrados também
alguns hábitos dos viajantes, como os mais
jovens e ousados, que costumavam viajar de pé,
nos estribos, brincando com os pedestres. Os mais
comportados costumavam sentar sempre no mesmo vagão,
o que originou a fama do trem "casamenteiro".
Na época em que usar chapéu era quase
uma obrigação, os passageiros do trem
eram reconhecidos pelas abas chamuscadas pelas fagulhas
das antigas máquinas a vapor, posteriormente
substituídas por locomotivas diesel, mantidas
até a realização da última
viagem, há 41 anos.
Assim como as histórias, o traçado
do Trem da Cantareira também não foi
perdido, pois a linha do Metrô que hoje serve
a Zona Norte, segue mais ou menos o mesmo percurso,
só que agora, em boa parte, subterrâneo.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Eli Serenza)
Fotos: reproduções do livro “São
Paulo Tramway Tremembé” de Eduardo Britto.
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