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EXÉRCITO NÃO
TEM PRAZO PARA ENCERRAR PATRULHAMENTO NO
PARÁ
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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10/03/2005 - O Exército
continua patrulhando 17 localidades do Pará
como parte da Operação Pacificação.
Um dos objetivos da ação, realizada
em conjunto com a polícia civil e militar,
é desarmar a população. Os
2.045 militares que estão na região
também prestam apoio logístico e dão
segurança às equipes dos institutos
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), de delegacias
regionais do trabalho, além das polícias
Federal, Militar e Civil.
O objetivo é intensificar o combate ao comércio
e à exploração ilegal de madeiras
e à ocupação irregular da terra,
entre outras atividade criminosas. Segundo o Centro
de Comunicação Social do Exército
(Cecomex), a intenção é não
só desestimular a atuação de
grupos interessados nessas atividades ilegais, mas
também criar condições para
aqueles que estão na ilegalidade possam se
regularizar e passar a agir dentro da regularidade.
De acordo com o Exército, cerca de 90% dos
militares que atuam no Pará são da
própria região e não há
previsão para a retirada das tropas.
O trabalho conjunto entre fiscais do Ibama, polícia
e Exército resultou, por exemplo, na apreensão
de quatro mil metros cúbicos de madeira encontrada
em situação irregular. A operação
foi desencadeada no último final de semana,
na reserva extrativista Verde para Sempre.
Na semana passada fiscais da Delegacia Regional
do Trabalho (DRT) libertaram 30 trabalhadores mantidas
em condições de semi-escravidão
no município de Uruará, a cerca de
140 quilômetros de Altamira. Segundo o Cecomex,
a redução do efetivo na região
- em Anapu, onde foi assassinada a missionária
Dorothy Stang, o número de militares se reduziu
de 140 para 40 - não prejudica as ações
em curso.
O trabalho no Pará também inclui a
prestação de serviços médicos
e odontológicos à população
de municípios como Anapu, Novo Progresso,
Pacajá e Porto de Moz. Só em Novo
Progresso foram feitos 9,7 mil atendimentos em oito
dias. Ao todo, são três equipes de
médicos, dentistas, enfermeiros e auxiliares
de enfermagem, vindas do Rio de Janeiro, Belém
e Marabá (PA). O Exército informou
que os serviços médico e odontológico
também serão levados a outras localidades
do estado.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Juliana Andrade