29/03/2005
Empresários, pesquisadores, governos
e a sociedade em geral já podem consultar
e trocar informações sobre o
Programa Nacional de Produção
e Uso de Biodiesel (PNPB) na Internet. Foi
lançado hoje (29) o Portal com informações
sobre o Programa, a Rede Brasileira de Tecnologia
de Biodiesel e os programas estaduais desenvolvidos
no setor. O endereço do site é
www.biodiesel.gov.br.
O lançamento do Portal antecedeu a
abertura da 1ª Reunião da Rede
Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, que
começou às 14h e prossegue amanhã
no hotel Blue Tree Park, em Brasília.
O Portal foi desenvolvido pelo Instituto Brasileiro
de Informação em Ciência
e Tecnologia (Ibict), órgão
vinculado ao Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT). |
Bruno Radicchi/MCT
|
O
secretário de Desenvolvimento Tecnológico
e Inovação do MCT, Francelino
Grando, que presidiu a mesa da solenidade
de lançamento do site, destacou que
a iniciativa irá permitir o constante
aprimoramento tecnológico do biodiesel
brasileiro, que hoje só está
começando. “A tecnologia é um
desafio constante, sobretudo quando pensamos
em novos produtos, mais empregos e renda.
O Portal é um pequeno, mas um importante
passo da estrada que se abre para integração
de esforços e recursos para o desenvolvimento
do biodiesel e sua efetiva inserção
na matriz energética brasileira”, afirmou.
O presidente da Comissão Executiva
Interministerial do Biodiesel, Rodrigo Augusto
Rodrigues, lembrou que a criação
do site é uma antiga reivindicação
de produtores, pesquisadores
e centros de pesquisa para reunir informações
que estavam dispersas. |
Rodrigues também enalteceu a iniciativa do
MCT, lembrando que o portal representa “um passo
a mais para fazer do biodiesel um vetor do desenvolvimento
do País”. O representante do Ministério
das Minas e Energia, Ricardo Dorneles, afirmou que,
após um ano e três meses de preparação
e muitas parcerias, o biodiesel tornou-se uma realidade
e já começa a ser comercializado.
Dorneles enfatizou o papel do biocombustível
na redução das importações
do diesel de petróleo, do qual, segundo ele,
o País será autossuficiente quando
atingir o B6, ou seja, um percentual de 6% de biodiesel
ao diesel fóssil.
Reunião
Produtores, pesquisadores, representantes
de laboratórios especializados e centros
de pesquisa, além de técnicos dos
governos federal e estaduais discutem, hoje e
amanhã, formas de aprimorar a integração
tecnológica do Programa Nacional de Produção
e Uso de Biodiesel. Durante a 1ª Reunião
da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel
serão apresentadas experiências das
redes de C&T e os projetos desenvolvidos em
parceria com os estados. Hoje, os estados das
regiões Norte, Sul e Centro-Oeste apresentaram
seus programas. Amanhã, será a vez
dos estados do Nordeste e do Sudeste. Nesta quarta-feira
também haverá um painel e reuniões
paralelas para discutir temas específicos,
como agricultura, produção do combustível,
caracterização e controle de qualidade,
armazenamento e co-produtos.
A Rede é uma das ações do
módulo de Desenvolvimento Tecnológico,
coordenado pelo MCT, no âmbito do PNPB.
No decorrer de 2003 e 2004, foram elaborados projetos
em parceria com 23 Estados, os quais firmaram
entre si um Acordo de Cooperação.
Este trabalho permitiu o mapeamento da competência
instalada no País, servindo como base para
a estruturação e implantação
da Rede. A execução dos projetos
e demais atividades no âmbito da Rede contam
com R$ 12 milhões dos Fundos Setoriais
de C&T alocados nos últimos dois anos.
Ações
As ações da Rede
contemplam, entre outros, um programa de testes
e ensaios com motores para avaliar a viabilidade
do aumento gradativo da mistura do biodiesel ao
diesel; a otimização do processo
de produção do biodiesel, segundo
os óleos utilizados e as rotas tecnológicas
adotadas; a otimização de plantas
de produção em escalas adequadas
aos arranjos produtivos de biodiesel; destino
e uso dos co-produtos (glicerina, torta, farelo
etc.), como forma de garantir a agregação
de valor e criação de outras fontes
de renda para os produtores; definição
de critérios e formas de armazenamento
do biodiesel e das misturas (biodiesel/diesel),
visando as condições ideais de condicionamento
do produto; adoção de programa de
qualidade, no qual laboratórios credenciados
terão a condição de analisar
e garantir sua qualidade; estruturação
de laboratórios e formação
de pessoal para atendimento às demandas
do mercado de biodiesel quanto ao suporte técnico
à produção, controle de qualidade
do combustível produzido e mão-de-obra.