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TEOTÔNIO PEDE POLÍTICA
DE GESTÃO DE ÁGUAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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31/03/2005 - O senador
Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), recordando
a passagem do Dia Mundial da Água em 22 de
março, manifestou nesta quinta-feira (31)
sua preocupação com a escassez de
recursos hídricos. Ele lembrou que a Organização
das Nações Unidas (ONU) aponta a qualidade
e a gestão da água como os desafios
mais consistentes deste século e disse que
o Brasil já está sofrendo com esse
problema.
Teotônio mencionou
a rigorosa seca enfrentada pelos estados do Sul,
que deve provocar uma quebra de 13% da safra brasileira
de grãos, lamentando que o Brasil sofra não
apenas com a falta de água, mas também
com a falta de uma política apropriada para
enfrentar a questão. Ele informou que, em
média, chove mais no semi-árido nordestino
do que na Espanha, mas a falta de uma política
de águas prejudica a região, onde
as chuvas estão mal distribuídas no
ano e no espaço geográfico.
O senador citou estatísticas
da ONU segundo as quais até 2050 2 bilhões
de pessoas em 48 países não terão
água.
- Os números
chocam porque nos acostumamos a pensar na Terra
como o "Planeta Azul", mas é preciso
lembrar que menos de 1% da água que existe
no mundo é potável - advertiu Teotônio.
O parlamentar lamentou
que o Programa Um Milhão de Cisternas anunciado
pelo governo tenha sido reduzido a algumas milhares.
Ele criticou a paralisação de obras
do governo, como a construção do Canal
do Sertão, que levaria água para diversos
municípios no agreste de Alagoas.
Diversos senadores
apartearam o representante de Alagoas. Eduardo Siqueira
Campos (PSDB-TO) afirmou que a falta de água
e o seu consumo em condições inadequadas
mata mais do que a Aids e a violência urbana.
Mão Santa (PMDB-PI) parabenizou Teotônio
por abordar um tema tão relevante. Eduardo
Azeredo (PSDB-MG) pediu que o governo faça
uma campanha conclamando a população
a economizar os recursos hídricos, a exemplo
da economia de eletricidade feita durante o "apagão",
em 2001. Ele também falou da importância
de se promover a revitalização do
Rio São Francisco antes de efetuar a sua
transposição.
Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), também em aparte, criticou o projeto
de transposição, dizendo que a obra
é "faraônica e inútil",
interessando somente às empreiteiras. Já
Garibaldi Alves (PMDB-RN), retrucou que transpor
as águas do Rio São Francisco é
um anseio secular de milhões de pessoas.
O senador Marco Maciel (PFL-PE) declarou que é
preciso fazer um debate adequado sobre esse projeto.
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa