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NÚCLEO DE REVITALIZAÇÃO
EM MINAS REALIZA OFICINA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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07/04/2005
Belo Horizonte (MG) - O Núcleo de Articulação
do Programa de Revitalização
do São Francisco (NAP) em Minas Gerais
realizará uma oficina nos dias 25 e
26 de abril. O local será divulgado
nos próximos dias. A decisão
foi tomada hoje durante reunião da
secretaria-executiva do núcleo, na
sede do Ibama, em Belo Horizonte (MG). A partir
da oficina, serão definidas áreas
e projetos prioritários para a recuperação
do rio no estado. As prioridades deverão
ser elencadas observando, também, as
experiências desenvolvidas nas sub-bacias
do São Francisco para uso da água
e recuperação dos mananciais.
Oficinas já estão ocorrendo
nos outros estados da bacia. |
MMA
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O
primeiro prazo para que governos, organizações
da sociedade civil e de produtores e entidades
de ensino e pesquisa apresentem projetos voltados
à revitalização do São
Francisco se encerra em 30 de abril. Uma nova
convocatória está prevista para
30 de junho. As propostas poderão
ser entregues nas gerências do Ibama
e nos escritórios da Codevasf, nos
estados, e no Ministério do Meio Ambiente,
em Brasília. Os prazos foram definidos
em novembro do ano passado. "Minas Gerais
precisa acelerar se quiser acompanhar os outros
estados da bacia", disse o coordenador
do Programa de Revitalização,
Maurício Laxe, do Ministério
do Meio Ambiente.
A escolha dos projetos que melhor atendam
às necessidades de recuperação
do São Francisco será encaminhada
pelo Comitê Gestor do Programa de Revitalização,
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formado por representantes
do governo federal, de todos os estados da bacia,
da sociedade civil, dos usuários de águas,
do Comitê de Bacia e dos setores produtivos.
Para 2005, apenas os ministérios do Meio
Ambiente e da Integração orçaram
R$ 98 milhões para investimentos na recuperação
do rio. A partir deste ano, o Ministério
das Cidades está disponibilizando R$ 620
milhões para tratamento de esgotos e outras
obras de saneamento nas 250 cidades nas margens
do São Francisco. Sete ministérios
estão envolvidos na recuperação
do manancial, que necessitaria de R$ 6 bilhões
nos próximos vinte anos.
O trabalho para revitalização da Bacia
do São Francisco começou no ano passado,
quando foram destinados cerca de R$ 36 milhões
pelos ministérios do Meio Ambiente e da Integração.
As ações se concentraram em recuperação
de lixões, apoio à formação
e estruturação de comitês de
bacias, recuperação de equipamentos
dessalinizadores, desassoreamento de rios, córregos
e barragens, limpeza de açudes, reflorestamento
de nascentes, de margens e áreas degradadas,
estudos e pesquisas sobre o rio principal e seus
afluentes.
Em 2005, já estão em andamento a elaboração
de uma proposta para o zoneamento ecológico-econômico
da Bacia do São Francisco, a implementação
de Agendas 21 em 23 municípios, do Comitê
da Bacia do Verde Grande, a criação
de unidades de conservação, do Museu
do São Francisco, entre outras ações.
"Queremos mudar a realidade do rio com uma
gestão integrada e participativa, após
quinhentos anos de exploração insustentável",
ressaltou Laxe. Além das ações
iniciadas em 2004, o Ministério do Meio Ambiente
também está encaminhando iniciativas
para monitoramento e uso racional das águas,
educação ambiental, controle da poluição,
convivência com o semi-árido, melhor
aproveitamento dos recursos pesqueiros e turismo
sustentável.
Nos próximos dias, o Fundo Nacional do Meio
Ambiente (FNMA) lançará um edital
para recuperação de nascentes e matas
ciliares de todo o país. Pelo menos R$ 7
milhões dos R$ 15 milhões do edital
serão destinados para a Bacia do São
Francisco. Os recursos são dos ministérios
do Meio Ambiente e da Integração.
Tramita no Congresso Nacional uma proposta de emenda
constitucional que cria o Fundo de Revitalização
Hidroambiental e de Desenvolvimento Sustentável
do São Francisco, para os próximos
20 anos. Os recursos para a recuperação
do rio poderiam triplicar com a aprovação
da proposta. "A revitalização
do São Francisco é uma prioridade
do governo federal e um consenso de toda a sociedade",
disse o secretário de Recursos Hídricos
do MMA, João Bosco Senra. "Mas isso
depende não só do governo federal,
mas também dos estados, municípios,
dos parlamentares e da população".
Integração - De acordo
com o chefe de gabinete do Ministério da
Integração, Pedro Brito, a revitalização
do São Francisco "será feita
independentemente de qualquer coisa", assegurando
que a recuperação do manancial e a
integração do rio com bacias do Nordeste
"são projetos complementares e paralelos".
Segundo ele, o rio sofre há anos com esgotos
domésticos e industriais e destruição
quase total das matas ciliares, e garante que "a
integração não trará
nenhum prejuízo para o rio ou para as populações,
pois irá retirar no máximo um em cada
dez litros das águas do manancial",
após a barragem de Sobradinho (BA).
A disponibilidade de águas foi atestada pelo
Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH)
no início deste ano. Conforme Brito, as obras
para levar água do São Francisco para
o Nordeste poderão ser concluídas
em dois anos, após o licenciamento ambiental.
"O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama
estão cumprindo seu papel, licenciando os
empreendimentos e coordenando os debates públicos
sobre integração de bacias e revitalização,
procurando reduzir os impactos sobre a Bacia do
São Francisco", disse Senra.
Também participaram da reunião de
hoje o gerente-executivo do Ibama/MG, Roberto Messias,
representantes do Ministério Público,
do governo de Minas Gerais, de comitês de
bacias, de organizações da sociedade
civil, entre outros.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Aldem Bourscheit)
Foto: MMA
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