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DIRETOR DA AGÊNCIA
NACIONAL DE ÁGUAS EXPLICA O MAPEAMENTO
DOS USUÁRIOS DO RIO SÃO FRANCISCO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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15/04/2005 - A elaboração
do Cadastro Nacional de Usuários de Recursos
Hídricos da Bacia do Rio São Francisco
já foi iniciada em Pernambuco e Minas Gerais
pelos ministérios da Integração
Nacional e do Meio Ambiente, por intermédio
da Agência Nacional de Águas (ANA).
O levantamento revelará quem, o quanto e
como são usadas as águas do rio e
de seus afluentes. A estimativa da agência
é de que cerca de 80 mil pessoas utilizem
os rios, lagos e mananciais da região.
Em entrevista à TV Nacional, o diretor presidente
da ANA, José Machado, explicou o cadastramento
necessário para regularizar o uso das águas
da Bacia do Rio São Francisco. "Essa
atividade faz parte de uma determinação
legal porque para se proceder a retirada de águas
para abastecimento público, para uso industrial
e para irrigação é necessário
autorização. Nós queremos legalizar
o processo que hoje não é perfeitamente
legal".
Machado assinalou que alguns dos usuários
da região estão autorizados a retirar
a água, mas muitos não estão.
Dessa forma, a intenção da ANA é
ter um mapeamento geral de quem são esses
usuários, quanto de água eles usam
ou precisam para suas atividades econômicas,
para o abastecimento público. "Isso
tudo funciona como base para o planejamento e o
projeto de revitalização da Bacia
do São Francisco."
Conforme destacou o diretor da agência, o
mapeamento vai servir para o uso mais democrático
e racional da água, também em relação
à preservação do meio ambiente.
Na opinião de Machado, a regularização
é necessária para que o poder público
conheça a quantidade de água necessária
para atender às várias necessidades
para o abastecimento das cidades, para irrigação,
para o uso das indústrias. "Esse conjunto
de informações serve para o planejamento
democrático e compartilhado, porque os usuários
fazem parte do sistema".
Segundo explicações do diretor da
ANA, os usuários participam inclusive dos
comitês de bacia, órgãos que
decidem sobre quais as ações que precisam
ser realizadas para revitalizar o Rio São
Francisco e garantir que haja água para todos.
"Se não houver uma regularização,
um controle e um planejamento, esse uso passa a
ser irracional e não é possível
fazer uma gestão responsável e prudente
das águas".
A partir do cadastro pronto, A ANA começará
a realizar a cobrança pelo uso da água,
afirma Machado. Segundo ele, esse instrumento é
previsto na legislação federal e será
a base para parte dos investimentos na região
e para a aplicação dos recursos de
gestão das águas. O diretor diz que,
no entanto, não se pode fazer a cobrança
sem antes saber de quem cobrar. "Nesse sentido,
o cadastramento funciona como uma base de dados
que vai viabilizar a cobrança."
O trabalho de campo da Agência Nacional de
Águas será feito por equipes treinadas,
que já que estão na região.
Essas equipes vão percorrer toda a bacia
do São Francisco, procurando conhecer quem
são os usuários da água. Serão
entrevistados donos de indústrias, irrigações,
prefeitos de cidades, consumidores institucionais,
empresas e produtores. A idéia não
é cadastrar o usuário particular.
O público alvo do cadastramento, segundo
Machado, "são as pessoas que se responsabilizam
pela tomada de água, muitas delas desconhecidas
e, para isso, haverá um questionário
e uma confrontação de dados com os
dados que a ANA dispõe.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Benedito Mendonça)