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FUNASA E UNICEF FARÃO
CAMPANHA PARA LEVAR VITAMINA A E ÁGUA
POTÁVEL A ALDEIAS INDÍGENAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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11/04/2005 - O Fundo
das Nações Unidas para a Infância
(Unicef) quer garantir acesso a água potável
e vitamina A às aldeias dos municípios
da região sul de Mato Grosso do Sul, para
evitar que crianças indígenas morram
por desnutrição e diarréia.
Com este objetivo, lançará na quarta-feira
(13), em parceria com a Fundação Nacional
de Saúde (Funasa), uma campanha nacional
de arrecadação de recursos.
Pela primeira vez o Fundo realiza uma campanha voltada
para grupos indígenas. A mobilização
deverá durar no máximo um mês
e, de acordo com o gestor de projetos do Fundo,
Halim Antonio Girarde, auxiliará as ações
emergenciais desenvolvidas nas aldeias Bororó
e Jaguaripu, em Dourados, onde vivem mais de 11
mil índios – 62% dessas aldeias não
têm acesso a água potável e
o problema atinge ainda os municípios de
Caarapó e Amambaí. "O Unicef
está tentando contribuir para que não
haja mais mortes, para que a sociedade brasileira
ajude a não deixar que ocorram mais mortes.
E uma das formas é oferecer água de
qualidade", disse.
A Funasa e a Coordenação Geral do
Programa de Alimentação e Nutrição
do Ministério da Saúde, com apoio
do Unicef, deverão oferecer vitamina A de
emergência ainda neste mês para todas
as crianças indígenas de seis meses
até cinco anos de idade, também em
outras áreas do País. A deficiência
de vitamina A reduz a resistência das crianças
às infecções e aumenta o risco
de mortalidade.
De acordo com o diretor do Departamento de Saúde
Indígena da Funasa, Alexandre Padilha, cerca
de 9.562 crianças receberão vitamina
A. "Será uma atividade permanente da
Funasa e do Ministério da Saúde para
essa população. O impacto da utilização
dessa superdose da vitamina A será monitorado
e esperamos com isso reduzir o número de
óbitos por doenças associadas à
desnutrição", acrescentou.
A morte de 18 crianças da etnia Guarani-Kaiowá
entre janeiro e março, causada por doenças
relacionas à desnutrição, fez
a ação em Dourados ganhar status de
crise humanitária emergencial, segundo o
Unicef. O número de mortes nesses três
meses é equivalente ao registrado durante
todo ano de 2004.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Érica Santana)