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DEMARCAÇÃO
É PRINCIPAL DESAFIO EM PERNAMBUCO,
DIZ TÉCNICA DA FUNAI
Panorama
Ambiental
Recife (PE) – Brasil
Abril de 2005
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19/04/2005 - A demarcação
de terras das 164 aldeias indígenas é
o maior desafio que as autoridades pernambucanas
enfrentam. A opinião é da programadora
educacional da Fundação Nacional do
Índio (Funai), Inalda Barbosa. Ela disse
que em função de não ter áreas
para o cultivo de produtos agrícolas de forma
sustentável, os índios acabam ficando
ociosos, adoecendo e se envolvendo em conflitos
com posseiros. Atualmente, existem em Pernambuco
40 mil índios divididos em 11 etnias.
Inalda revelou que a Funai desenvolve atualmente
um programa de atendimento ao índio adolescente
em situação de risco. "As ações
consistem em apoio psicológico para evitar
o envolvimento com bebidas alcoólicas, drogas
e violência, por causa da exclusão,
discriminação e preconceitos que os
jovens enfrentam", relatou. Os primeiros adolescentes
beneficiados com a iniciativa foram os da etnia
Kambiwá, do município de Ibimirim,
no sertão.
A educação dos índios em Pernambuco
passou a ser responsabilidade da secretaria estadual
de Educação desde 2002. O estado dispõe
de 117 escolas indígenas, com 10.951 alunos,
divididos em três turnos.
A Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) investe anualmente a média de R$
5,4 milhões na saúde dos povos indígenas
em Pernambuco. O coordenador do sistema de informação
da Funasa, César Dantas, informou que 18
equipes multidisciplinares com médicos, enfermeiros,
dentistas e agentes de saneamento visitam as aldeias
de 15 em 15 dias.
Dantas explicou que as doenças que mais afetam
os índios são hipertensão,
diabetes, diarréia e desnutrição.
Segundo Dantas os indígenas também
têm problemas mentais por causa da consangüinidade,
já que normalmente se casam com parentes
muito próximos, além de alcoolismo
e depressão, como reflexo da falta de perspectiva
de melhoria de vida.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Márcia Wonghon