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AUDIÊNCIA DISCUTE
VENDA DE SANGUE DE ÍNDIOS PELA INTERNET
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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27/04/2005 A venda
de material genético de índios brasileiros
pela Internet será discutida hoje em audiência
pública da CPI da Biopirataria. Será
ouvido o procurador da República em Rondônia
Reginaldo Pereira da Trindade, responsável
pela ação civil pública que
busca esclarecer a venda de sangue de integrantes
das etnias suruí e karitiana. Segundo o presidente
da CPI, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP),
há denúncias de que a empresa norte-americana
Coriel Cell Repositories esteja negociando por 85
dólares (R$ 230) a amostra de DNA indígena
brasileiro, especialmente daquelas duas tribos.
Mendes Thame explica que um dos principais problemas
nesse caso é que ainda não se identificaram
as conseqüências jurídicas da
situação. "Nós queremos
saber como se enquadra esse tipo de procedimento.
Se se trata de tráfico de órgãos,
se se trata de um vazio na legislação
de biopirataria. Estamos começando a definir
um arcobouço legal para o assunto",
afirmou.
Resistência a doenças O presidente
da CPI acrescenta que, somente a partir da análise
jurídica do fato, se poderá pensar
em medidas de controle ou punição
para os responsáveis. Especula-se que o sangue
dos suruís e dos karitianas seja tão
cobiçado por conta da resistência de
integrantes dessas tribos a doenças como
hepatite. Também se acredita que o material
genético deles possa revelar traços
característicos dos homens presentes no continente
americano antes da descoberta pelos europeus. O
deputado Mendes Thame informa que, além da
questão de venda de sangue indígena,
a CPI da Biopirataria deve investigar nos próximos
dias denúncias de tráfico de animais
silvestres no Zoológico de Brasília.
Convidados Também foram convidados o chefe
da Divisão Técnica do Ibama em Santa
Catarina, Alberto de Paula Martins, o ex-gerente
executivo do Ibama em Santa Catarina Luiz Fernando
Krieger Merico e o ex-chefe da Floresta Nacional
de Três Barras (SC) Marcos César Silva.
Fonte: Câmara de Deputados
(www.camara.gov.br)
Assessoria de imprensa