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CARTA DO MMA ENVIADA AO
JORNAL DO BRASIL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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29/04/2005 - Brasília,25
de abril de 2005
Em relação à nota publicada
na coluna de Ricardo Boechat do dia 24 passado,
cabe esclarecer algumas confusões que acabaram
induzindo o leitor Francisco Arruda, de Fortaleza
(CE), ao mesmo erro. Antes, porém, é
importante ressaltar que a responsabilidade pela
elaboração dos dados sobre o desmatamento
na Amazônia é exclusiva do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que prevê
a finalização dos números referentes
ao período 2003/2004, para o fim deste mês.
Ao comentar sobre os índices de desmatamento
da Amazônia, a coluna confundiu hectares com
quilômetros quadrados, superdimensionando
a área desmatada. A devastação
que renomados ambientalistas garantem na nota ter
atingido no ano passado 30 milhões de hectares
da Amazônia, equivaleria a 300 mil quilômetros
quadrados, correspondente à soma territorial
dos estados do Paraná e Santa Catarina. Já
os 23 milhões de hectares que a coluna afirma
ter sido registrado em 2003, equivale à quase
totalidade do estado de São Paulo.
Na verdade, o número real do desmatamento
registrado na Amazônia em 2003 é de
2 milhões 375 mil hectares, ou seja: 10%
do que foi publicado na coluna. Sendo assim, vale
corrigir, também, o leitor de Fortaleza,
que credita ao período do governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva o desmatamento
de 53 milhões de hectares. O dado correto
é de 5 milhões e 300 mil hectares,
o que coloca esses dois anos de Governo Lula longe
de ser o campeão de devastação
em toda a história de destruição
daquela região , como afirma o leitor.
A diferença da atual gestão é
que o desmatamento da Amazônia está
sendo tratado como questão de governo, envolvendo
14 ministérios sob a coordenação
da Casa Civil, deixando, portanto, de ser questão
exclusiva do Ministério do Meio Ambiente.
O Plano de Prevenção e Controle do
Desmatamento, elaborado e implementado por esse
grupo interministerial, já começa
a mostrar seus resultados com a estabilização
dos índices do desmatamento em pleno período
de crescimento econômico, o que é inédito
na região, e com uma perspectiva de redução
significativa a partir deste ano.
O presidente Lula em dois anos de gestão
já criou, na Amazônia, 7,5 milhões
de hectares em áreas de proteção
ambiental, exatamente nas áreas de maior
conflito e nas frentes de expansão da fronteira
agrícola. Este sim, é um recorde na
história da Amazônia.
João Paulo
Capobianco
Secretário de Biodiversidade e Florestas
do Ministério do Meio Ambiente
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom