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DEZ ANOS APÓS BRENT
SPAR: PLARAFORMAS DE ÓLEO CONTINUAM
POLUINDO OS OCEANOS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2005
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29-04-2005 – Hamburgo
- Apesar do sucesso da campanha realizada pelo Greenpeace
há dez anos contra o afundamento da Brent
Spar e outras plataformas de óleo, a operação
desses equipamentos continua poluindo fortemente
os oceanos. Todo ano, 14 mil toneladas de óleo
vindas de cerca de 500 plataformas vão parar
no Mar do Norte – quantidade equivalente ao derramamento
de um navio-tanque por ano.
A campanha do Greenpeace contra o afundamento da
Brent Spar começou em 30 de abril de 1995,
quando ativistas ocuparam a plataforma, que pertencia
à Shell. A empresa pretendia afundar o equipamento
de 15 mil toneladas no Atlântico. Seria apenas
a primeira de outras plataformas a serem afundadas
no mar. Após 52 dias de confrontos, protestos
de consumidores e negociações políticas,
a Shell desistiu no dia 10 de junho. A Brent Spar
foi desmontada e utilizada para fazer um novo cais
na Noruega. A vitória do Greenpeace abriu
um precedente e evitou que tanto a Shell quanto
outras empresas utilizassem os oceanos como depósito
de lixo poluente.
“Entretanto, isso não significa que os oceanos
estão salvos”, disse Christian Bussau, do
Greenpeace. “A crescente poluição
diária do mar por óleo e a exploração
de áreas intocadas mostra que, mesmo após
Brent Spar, a indústria de óleo não
entendeu o quanto é preciso mudar”, complementa.
O Greenpeace tem exigido que sejam aumentadas as
áreas de proteção nas quais
a produção de óleo é
proibida, permitindo, assim, que o mar seja recuperado.
A campanha de Brent Spar é reconhecida como
um ponto alto do movimento ambientalista internacional.
A campanha foi criticada no final, quando publicou
uma estimativa errada da quantidade de óleo
restante na plataforma. Mas a acusação
feita de tempos em tempos, que a campanha foi realizada
com base em números errados, é falsa.
Até aquele momento, o Greenpeace havia trabalhado
apenas com os números corretos adquiridos
dos próprios registros da Shell.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa