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OPERAÇÃO
QUE VAI GARANTIR HOMOLGAÇÃO
DA RAPOSA DO SOL GANHA REFORÇO DE
70 DELEGADOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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25/04/2005 - A Operação
Upatakon, criada pela Polícia Federal para
garantir a homologação da reserva
indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima,
e tentar evitar conflitos na região recebeu
nesta segunda-feira (25) o reforço de cerca
de 70 delegados e agentes federais. Com isso, sobe
para 210 o número de policias federais envolvidos
na operação, de acordo com a assessoria.
A informação é da Superintendência
da PF no estado.
Segundo o secretário estadual do Índio,
Adriano Nascimento, a situação na
região ainda é tensa, uma vez que
desde sexta-feira índios macuxis mantém
reféns quatro policias federais na aldeia
Flechal, no município de Uiramutã,
no norte do estado. O secretário esteve no
local ontem (24) e disse que os líderes indígenas
continuam exigindo a presença do ministro
da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,
para libertar os reféns.
"Eles dizem que é possível uma
negociação pacífica, desde
que o ministro da Justiça esteja presente".
Ligados à Sociedade de Defesa dos Indígenas
Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), os índios
fizeram os policiais federais reféns na sexta-feira
(22). Eles querem que o governo federal reveja a
homologação da Raposa Serra do Sol
em área contínua.
De acordo com Nascimento, a aldeia Flechal abriga
cerca de 1000 índios da etnia macuxi, mas
ontem já havia entre 1,3 mil e 1,5 mil indígenas
reunidos no local. "São índios
que vieram de comunidades próximas e que
também são contrários à
homologação contínua da Raposa
Serra do Sol", explicou.
Outra preocupação do secretário
é que as duas rodovias bloqueadas pelos índios
em protesto contra a homologação permanecem
fechadas. "Ontem, eles bloquearam a BR-174,
na entrada de Pacaraima e no sábado, a rodovia
estadual que dá acesso à Uiramutã",
contou Nascimento. Segundo ele, agora só
é possível chegar à aldeia
de avião ou helicóptero. Adriando
Nascimento afirmou ainda que os policiais federais
mantidos reféns estão sendo bem-tratados
na aldeia Flechal. "Eles não estão
detidos, podem circular no local", disse.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Juliana Andrade