|
TERMINA EM SANTARÉM
RODADA DE CONSULTAS PÚBLICAS SOBRE
PLANO BR-163 SUSTENTÁVEL
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Abril de 2005
|
|
28/04/2005 - Termina
hoje a segunda rodada de consultas públicas
do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável
para a Área de Influência da rodovia
BR-163. Em Santarém, no Pará, governo
e população discutem ações
para enfrentar os impactos que o asfaltamento da
rodovia Cuiabá-Santarém deverá
trazer à região. Além de Santarém,
houve consultas em sete municípios, em abril:
Itaituba, Altamira, São Felix do Xingu e
Novo Progresso, no Pará; Apuí, no
Amazonas; Guarantã do Norte e Sorriso, no
Mato Grosso.
As consultas vão orientar a versão
final do plano, que deve ser lançado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho.
A área sob influência da BR-163 representa
quase um quarto da Amazônia Legal: são
1,23 milhão de quilômetros quadrados,
que foram divididos em três grandes mesorregiões.
Santarém fica na mesorregião Norte,
a de ocupação mais antiga. Ali, a
soja já é a quarta maior cultura -
depois de mandioca, arroz e milho – e está
em franca expansão: saltou de 350 hectares
em 2001/2002 para 6 mil hectares em 2002/2003 e
14 mil hectares em 2003/2004 – com projeções
de 120 mil hectares em 2010, se o padrão
atual não mudar. De acordo com Paulo Barreto,
pesquisador do Instituto do Homem e do Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon), foi a notícia
do asfaltamento da BR-163 que atraiu para Santarém
produtores de soja e criadores de gado.
Magnólio Sposito, coordenador de Educomunicação
da Associação Saúde e Alegria,
que desde 1987 atua em Santarém, participou
do primeiro dia de consulta pública no município,
ontem. Ele contou que madeireiros, produtores de
grãos e pecuaristas protestaram contra a
previsão de criação de novas
unidades de conservação. João
Batista da Silva, assessor especial da Secretaria
Geral da Presidência da República e
membro do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI)
responsável pela elaboração
do Plano, lembrou que a consulta pública
não é um espaço deliberativo
e que, por isso, os debates têm sido tranqüilos.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi