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RELATÓRIO DIZ QUE
GOVERNO LULA MANTEVE MODELO EM QUE MEIO
AMBIENTE É ENTRAVE AO DESENVOLVIMENTO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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03/05/2005 - O responsável
pela área de Meio Ambiente no projeto Relatores
Nacionais em Direitos Econômicos, Sociais
e Culturais, Jean-Pierre Leroy, aponta a destruição
ambiental e o aumento da concentração
de renda e da exclusão social no país
como conseqüências da apropriação
privada do território e dos bens ambientais.
Em documento divulgado nesta terça-feira
(3), Leroy destaca que esse quadro é resultado
do modelo de desenvolvimento adotado no Brasil e
foi impulsionado pelo atual governo.
"O governo Lula, embora inicialmente resguardasse
a esperança de um novo caminho para o desenvolvimento,
manteve o modelo que considera as exigências
ambientais como entraves ou obstáculos a
serem transpostos", diz o documento.
Leroy acompanhou denúncias de violações
do direito humano ao meio ambiente nos estados de
Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Rondônia,
Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.
Em Rondônia, por exemplo, o relator visitou
a terra indígena Roosevelt, onde se reuniu
com lideranças indígenas da etnia
Cinta-larga, entre os dias 16 e 18 de novembro de
2003. Em abril do ano passado, 29 pessoas morreram
na região em um conflito entre garimpeiros
e índios cinta-larga.
"A missão constatou as violações
sofridas por esse povo indígena em razão
de pressões políticas e econômicas
e da invasão de seu território para
a exploração ilegal de diamantes e
madeira", destaca o relatório.
O documento também traz uma série
de recomendações, entre as quais a
implementação de mecanismos especiais
de proteção dos grupos vulneráveis
contra as conseqüências negativas de
projetos de desenvolvimento econômico.
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Irene Lôbo e Juliana Andrade