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SECRETÁRIO DEFENDE
PROJETO DE GESTÃO FLORESTAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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03/05/2005 O secretário
de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas,
Virgílio Viana, reclamou há pouco
das dificuldades para explorar as florestas amazônicas.
"Hoje, na Amazônia, a exploração
de florestas é um negócio de risco
e por isso só atrai aventureiros descomprometidos
com a preservação", disse Viana,
que participa de audiência pública
sobre o projeto que regulamenta a gestão
de florestas públicas (PL 4776/05), no plenário
11. O secretário acredita que a proposta,
em análise na Câmara, dará sustentação
para a atividade, ao tornar claras as regras de
concessão. "Atualmente, a licitação
só pode ser feita por preço; não
podemos analisar o aspecto técnico. O projeto
de gestão de florestas públicas vem
preencher essa lacuna", explicou. Para Viana,
a modernização da gestão florestal
pode ser a base do desenvolvimento da Amazônia.
Secretário
quer prazo maior para gestão de florestas
O secretário
de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas,
Virgilio Viana, defendeu há pouco as concessões
de longo prazo para exploração de
florestas públicas, com mecanismos de cancelamento
dessas permissões, para assegurar a preservação
e o comprometimento dos concessionários com
o manejo ambiental. Segundo Viana, seriam necessárias
duas colheitas florestais, ou seja, 30 anos, para
que esse vínculo se estabelecesse. O texto
atual do projeto (PL 4776/05), segundo ele, prevê
concessões de apenas cinco anos. Viana disse
ainda que a proposta, que está sendo analisada
pela Câmara, "é um projeto amazônico,
pois a quase totalidade das florestas públicas
brasileiras está na Amazônia".
Divisão de
recursos
O secretário-executivo
de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do
Pará, Gabriel Guerreiro, defendeu uma nova
distribuição dos recursos oriundos
das concessões de florestas. "O projeto
contém avanços, principalmente ao
regulamentar que as concessões não
gerem direito fundiário", defendeu.
O secretário entregou ao relator da proposta,
deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um documento
contendo sugestões de emendas sobre os temas
que defende o governo do Pará.
A centralização da gestão das
florestas públicas pela União também
foi criticada pelos governos estaduais durante a
audiência pública, que está
sendo realizada no plenário 11.
Ministério
defende projeto sobre gestão de florestas
O diretor do Programa
Nacional de Florestas do Ministério do Meio
Ambiente, Tasso de Azevedo, esclareceu há
pouco os pontos divergentes apresentados pelos secretários
estaduais presentes à audiência pública
que discute o Projeto de Lei 4776/05, sobre a gestão
de florestas públicas. O diretor garantiu
que o Ministério apóia as sugestões
para esclarecimento do texto da proposta.
Proposta vaga O presidente do Instituto Natureza,
Isac Braz Cunha, do Tocantins, que também
participa dos debates, criticou a indefinição
da proposta quanto a quem deverá gerir e
fiscalizar as florestas. "Se hoje já
há dúvidas, imagine com várias
entidades e a centralização da análise
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis (Ibama)."
Secretários apresentam sugestões a
projeto de florestas
Os secretários
estaduais do Acre, do Pará e do Amazonas
e um representante do governo do Tocantins sugeriram,
nesta manhã, mudanças ao projeto (PL
4776/05) que regulamenta a concessão de florestas
públicas, principalmente no que diz respeito
à centralização da gestão
pela União. Eles estiveram reunidos com os
integrantes da comissão especial que estuda
a proposta. O relator, deputado Beto Albuquerque
(PDB-RS), que havia prometido seu relatório
preliminar para hoje, disse que esperará
o fim das audiências públicas. Ainda
há duas reuniões marcadas, com pesquisadores
e representantes de universidades, nesta quinta-feira
(5), e com juristas especialistas em meio ambiente,
no dia 10. O projeto já recebeu 313 emendas,
além de sugestões que vieram hoje
dos governos estaduais.
Fonte: Agência Câmara
(www.camara.gov.br)
Assessoria de imprensa