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SENADOR DIZ QUE NÚMEROS
DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO
FRANCISCO SÃO FALSOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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O senador Teotônio
Vilela Filho (PSDB-AL) afirmou que os verdadeiros
números sobre a transposição
do Rio São Francisco "contestam e desmontam
o projeto". O senador argumenta que a realidade
"desnuda a verdadeira identidade" da obra,
que considerou "meramente eleitoreira"
e fadada a ser "um elefante branco caatinga
adentro".
Os números que considera reais, porém,
não foram divulgados nesta quinta-feira (5)
pelo parlamentar, que prometeu voltar ao assunto.
Ele acusou o governo e o PT de inundar o país
com comerciais de rádio e TV garantindo que
a transposição - que, a preços
de hoje, segundo o senador, chega a R$ 7 bilhões
-, vai acabar com a sede e a miséria no Nordeste.
- Poucas vezes, na história da propaganda
partidária no Brasil, se viu uma promessa
tão demagógica e mentirosa, tão
irresponsável e até criminosa com
relação ao Nordeste - disse.
O governo, afirmou Teotônio, trata a obra
como "um projeto essencialmente humanitário",
ao qual, "em sã consciência",
ninguém se oporia.
- Quem poderia ser contra a viabilização
de cidades inteiras que, de outra forma, estariam
condenadas à sede ou aos carros-pipas? -
indagou o parlamentar.
O senador afirmou que o projeto está levando
água para onde ela já existe. O correto,
argumentou, seria continuar as obras hídricas
e os projetos de irrigação, muitos
deles paralisados.
O pronunciamento teve vários apartes. O senador
José Jorge (PFL-PE) afirmou que o projeto
de transposição serve apenas para
a promoção eleitoral do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e de seu partido.
O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), no entanto,
disse ser a favor do projeto, que irá permitir
aos estados do Nordeste setentrional obter água
limpa e pura. O líder do PT, senador Delcidio
Amaral (MS), afirmou que o projeto, polêmico,
deverá ser ainda muito discutido. E a senadora
Heloísa Helena (PSOL-AL) disse que primeiro
deveriam ser atendidas as pessoas que moram à
beira do rio, mas não têm acesso à
água.
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa