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VALE DO RIO DOCE PROMETE
RECUPERAR APA DE GUAPIMIRIM
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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(04/04/05) – A Companhia
Vale do Rio Doce, maior acionista da Ferrovia Centro
Atlântica (FCA), se comprometeu a recuperar
integralmente a Área de Proteção
Ambiental (APA) de Guapimirim, atingida pelo vazamento
de 60 mil litros de óleo do trem que descarrilou
na semana passada.
Dirigentes da companhia e da ferrovia prometeram
ainda ajudar a transformar parte da APA em Estação
Ecológica da Guanabara, onde será
proibida qualquer atividade econômica. Os
compromissos foram assumidos durante reunião
ontem com o secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente, Claudio Langone, e o diretor de
Licenciamento do Ibama, Luiz Felippe Kunz.
Dos 14 mil hectares da APA de Guapimirim, oito mil
hectares são de manguezais. O chefe da unidade,
Breno Herrera, informa que dois mil hectares de
manguezais da APA conservam características
anteriores à ocupação portuguesa
no Rio de Janeiro. “É um paraíso perdido
no caos urbano do Rio e entorno”, afirma e defende
a incorporação dessa mancha na nova
estação biológica. A Vale deverá
entregar ao MMA até segunda-feira relatório
com as causas do acidente do trem da FCA e as medidas
adotadas para sanar os danos ambientais. A empresa
não será multada pelo Ibama. “Os R$
10 milhões aplicados pela Feema, órgão
do Sistema Nacional do Meio Ambiente, foi suficiente”,
afirma Kunz.
A federalização da multa chegou a
ser sugerida por Breno Herrera, no laudo técnico
que preparou sobre o impacto do acidente, alegando
que a APA de Guapimirim possui “um dos últimos
trechos de bosque de manguezal contínuo de
médio porte (com ausência de manchas
de vegetação invasora) das regiões
sul e sudeste do País e abriga espécies
ameaçadas de extinção, como
o jacaré-do-papo-amarelo”.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Sandra Sato