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GREENPEACE DENUNCIA ESCÂNDALOS
ENVOLVENDO A COMERCIALIZAÇÃO
DE TRANSGÊNICOS
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Maio de 2005
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03/05/2005 Durante
a reunião do secretariado desta terça-feira
(03), o engenheiro agrônomo do Greenpeace,
Ventura Barbeiro, falou sobre a venda irregular
do milho Bt 10 e da comercialização
de arroz transgênico na China sem nenhum estudo
prévio. “Mal chegamos na metade do ano e
dois grandes escândalos já comprometem
a segurança alimentar no mundo”, ressaltou
Ventura.
Por quatro anos a empresa suíça Syngenta
comercializou nos Estados Unidos e no Canadá
uma variedade de milho transgênico sem a liberação
das autoridades competentes. Trata-se do milho Bt
10 que foi comercializado acidentalmente como sendo
da variedade Bt11, essa sim aprovada. “As autoridades
de um país que é usado como referência
em biotecnologia não conseguiram garantir
segurança para o meio ambiente e para o consumidor”,
lamentou o engenheiro agrônomo.
Segundo ele, a variedade do milho que foi irregularmente
comercializado possui genes de resistência
a antibióticos, que podem ser transferidos
para microorganismos e se espalharem pelo meio ambiente.
Dessa forma, os microorganismos que naturalmente
estão presentes no intestino e no meio ambiente
podem incorporar o gene de resistência e gerar
uma doença de difícil controle.
Ventura ressalta que, além de cometer o erro,
a empresa abafou o caso e não alertou os
consumidores do risco do consumo do milho Bt 10.
O caso fez com que os países da União
Européia interrompessem a importação
de milho dos Estados Unidos e do Canadá porque
não há ainda testes para certificar
a qualidade do milho vendido.
China – O outro caso que Ventura citou aconteceu
na província chinesa de Hubei. Segundo o
engenheiro agrônomo, o governo distribui sementes
de arroz transgênico para produtores fazerem
experimentos, mas não os alertou para que
não comercializassem as sementes e o arroz
colhido. “O Greenpeace chinês recolheu amostras
desse arroz, que já estava sendo comercializado
em feiras livres, e mandou para um laboratório
alemão que certificou a presença de
transgenia”, contou Ventura.
Após os testes, o governo chinês confessou
que se tratava de um experimento, que fugiu do controle
das autoridades, que não esperavam que o
arroz fosse comercializado. “Isso contaminou as
exportações e o pior: esse arroz chegou
na mesa dos consumidores sem nenhuma avaliação
prévia e já está causando fortes
alergias em pessoas que comeram o produto”, afirmou
Ventura.
Compra – Outro dado trazido por Ventura é
que a Bunge, multinacional que tem uma unidade de
trabalho em Esteio, no Rio Grande do Sul, passará
a comprar soja paranaense. A empresa, que só
trabalha com soja convencional, ficou sem fornecedores
depois da estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul.
“Com a quebra da safra gaúcha, a empresa
se viu obrigada a comprar a soja do Paraná
porque precisa da garantia de trabalhar com produto
puro”, finalizou Ventura.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio
Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa