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MAIS DOIS PORTOS BRASILEIROS
VETAM A EXPORTAÇÃO DE SOJA
TRANSGÊNICA
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Maio de 2005
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04/05/2005 Mais dois
portos brasileiros, além dos portos de Antonina
e Paranaguá, decidiram não mais exportar
soja transgênica. Os portos de Ilhéus,
na Bahia, e de Vitória, no Espírito
Santo, adotaram a mesma postura do Governo paranaense.
A decisão foi tomada para atender às
exigências do mercado internacional. “Mas,
diferente do que aconteceu no Paraná, a decisão
lá foi da iniciativa privada, preocupada
em atender o mercado externo”, contou Ventura Barbeiro,
engenheiro agrônomo do Greenpeace.
Para atender às normas internacionais, os
dois portos estão realizando a certificação
da soja por meio do “Programa de Preservação
de Integridade”. “A vantagem da soja exportada pelo
Paraná é que ela não precisa
ser certificada porque o mercado externo já
conhece a fiscalização realizada pelo
Governo do Paraná”, afirmou o ativista.
O Porto de Paranaguá movimentou 6,6 milhões
de toneladas de carga geral desde janeiro até
o começo de abril. O produto mais exportado
no período foi a soja, que alcançou
1,2 milhão de toneladas. Segundo dados da
Administração dos Portos de Paranaguá
e Antonina (Appa), o resultado é 59% maior
que o do mesmo período do ano passado, quando
as exportações do produto chegaram
a 780 mil toneladas.
“São números que demonstram que, mesmo
sem exportar transgênicos, o escoamento de
soja pelo Porto de Paranaguá continua aumentando”,
avaliou o superintendente Eduardo Requião.
“O crescimento também é resultado
de providências que ampliaram a infra-estrutura,
ajustaram a programação de chegada
de navios e caminhões e ainda da operação
safra, que está evitando transtornos aos
caminhoneiros”. Em média, o Porto de Paranaguá
movimenta mais de 5 milhões de toneladas
por ano, enquanto os farelos chegam a quase 6 milhões
e o óleo, a base de soja, supera um milhão
e meio de toneladas.
O porto de Ilhéus movimentou em 2002, no
cais público, 651.822 toneladas de cargas.
As principais cargas movimentadas foram trigo, farelo
de soja, amêndoas, derivados de cacau, entre
outras. Já o porto de Vitória movimentou
em 2004 mais de 7 milhões de toneladas de
carga geral, registrando a maior movimentação
da sua história. As principais cargas foram
fertilizantes, produtos siderúrgicos, ferro-gusa,
automóveis, açúcar, mármore
e granito.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio
Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa