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ÍNDICE DE DESMATAMENTO
NA AMAZÔNIA SURPREENDE PRESIDENTE
DO IBAMA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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19/05/2005 - O presidente
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis), Marcus
Barros, disse ter sido surpreendido com o crescimento
de 6% do desmatamento da Amazônia em um ano,
apurado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe). Acrescentou que o índice esperado
para o biênio 2003/2004 era de 2%.
"Estávamos lutando para isso, mas temos
noção de que as medidas que adotamos
não se consolidaram todas. Elas ainda não
estão casadas para ter os resultados que
esperamos e assim diminuir mais expressivamente
o desmatamento", afirmou.
Além do Plano de Combate ao Desmatamento,
iniciado ano passado, uma outra iniciativa para
evitar a devastação da Amazônia
aguarda aprovação do Congresso Nacional.
É o Projeto de Lei Geral sobre Gestão
de Florestas, que prevê a concessão
de até 13 milhões de hectares de florestas
na Amazônia para uso sustentável nos
próximos dez anos.
No entanto, para Jean Pierre Leroy, relator de Direitos
Humanos e Meio Ambiente da Plataforma Brasileira
de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e
Culturais (Dhesc), não há garantias
de que as empresas farão uma gestão
sustentável da floresta. E há dúvida
sobre a possibilidade comercial desse tipo de estratégia
a longo prazo: "Se não funcionar, as
empresas vão abandonar o projeto, deixando
tudo para trás".
Em cinco dos nove estados que compõem a Amazônia
– Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão,
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima
e Tocantins – foi registrada redução
no tamanho das áreas desmatadas. Em Tocantins,
a destruição caiu 44%; no Amazonas,
39%; no Maranhão, 26%; no Acre, 18%; e no
Pará, 2%. Já o estado de Mato Grosso
foi responsável por quase metade do desmatamento
total na Amazônia.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Graziela Sant’anna