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MARINA SILVA PEDE APROVAÇÃO
DA LEI DE FLORESTAS PÚBLICAS NO CONGRESSO,
CONTRA O DESMATAMENTO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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20/05/2005 – A ministra
de Meio Ambiente, Marina Silva, fez um apelo hoje
(20) para que as medidas de reordenamento fundiário
na região e de combate à grilagem
de terras públicas sejam implementadas de
imediato, além da aprovação
da Lei de Florestas Públicas, que tramita
no Congresso Nacional. Segundo ela, o governo não
pretende fugir do problema do desmatamento. "Não
queremos aqui minimizar nem um pouco aquilo que
para nós tem imensa gravidade porque se trata
de um compromisso de governo."
Marina Silva referia-se aos dados do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta semana,
que revelaram um crescimento de 6% no desmatamento
na Amazônia, de agosto de 2003 a agosto de
2004. Mais de 26 mil Km2 de florestas foram destruídos
nesse período, o equivalente ao estado de
Alagoas.
Ao participar hoje (20) da criação
de cinco reservas extrativistas e uma de conservação
no Pará, no Palácio do Planalto, a
ministra disse que o governo está se esforçando
para garantir "aparato institucional"
para a preservação da floresta.
Ela destacou que o estudo mostra também que
na maioria dos estados cortados pela floresta o
índice de desmatamento caiu, com exceção
do Mato Grosso e Rondônia. Ela alertou que
para proteger a biodiversidade da região
amazônica é preciso fazer valer a legislação
brasileira e ter ações de controle.
"Todos sabemos
que não há como vencer o desmatamento
apenas com medidas de controle. Continuaremos firmes
na implementação das ações
estruturantes previstas no plano de prevenção
e controle do desmatamento na Amazônia, de
responsabilidade de 13 ministérios coordenado
pela Casa Civil."
Marina Silva disse que 60% da meta de criação
de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável
já estão cumpridos e áreas
de conservação com mais de 7,7 milhões
já foram implementadas no país. Segundo
a ministra, 17 milhões de hectares de áreas
protegidas estão em estudo. "Isso não
é pouco, especialmente se considerarmos que
estas unidades de conservação foram
instituídas nas zonas de conflito sócio-ambientais
da Amazônia, onde o conflito ocorre de forma
mais intensa."
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Carolina Pimentel