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IBAMA DECIDE LICENÇA
DE FUNCIONAMENTO DA HIDRELÉTRICA
BARRA GRANDE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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27/05/2005 - O Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) deve decidir na próxima
semana se concede a licença de operação
ao consórcio Energética Barra Grande
S/A (Baesa), responsável pela construção
e operação da Usina Barra Grande.
O desembargador Vladimir Passos de Freitas, do Tribunal
Regional Federal (TRF) da 4ª Região
(RS), suspendeu nesta semana a liminar que impedia
o enchimento do reservatório para o funcionamento
da hidrelétrica. A decisão foi favorável
a um recurso da Advocacia-Geral da União
(AGU) no Rio Grande do Sul.
A suspensão da liminar foi criticada por
ambientalistas, que aguardam agora a decisão
do Ibama. "A liminar foi suspensa, mas isso
não quer dizer que a usina já possa
operar, porque ela depende da licença de
operação dada pelo Ibama", afirmou
a presidente da Associação de Preservação
do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí e
coordenadora-geral da rede de Organizações
Não-Governamentais da Mata Atlântica,
Miriam Prochnow. Segundo ela, a construção
da usina vai causar graves danos ao meio ambiente
e à população da região.
O coordenador-geral de licenciamento do Ibama, Valter
Muchagata, afirma que a área foi vistoriada
e a equipe técnica do instituto está
concluindo a análise do impacto ambiental
e sócio-econômico na região.
Valter lembra que as licenças prévia
e de instalação já foram concedidas
anteriormente ao Baesa. "A tendência
é que se modelem as condições
de enchimento desse reservatório e que o
empreendedor cumpra aquelas pendências que
ainda existem para que seja concedida a licença
de operação", disse. Segundo
ele, a licença prévia já atesta
a viabilidade ambiental do empreendimento.
Valter afirma que "a bola agora está
com o empreendedor. Tem uma série de acertos
que ainda deve ser feita: a questão dos assentamentos
humanos, que têm várias famílias
que serão reassentadas, isso está
bem encaminhado, mas não está totalmente
resolvido; ainda deve ser debatida também
a questão sobre a supressão de vegetação,
uma boa parte já foi feita com autorização
do Ibama e conta para a qualidade da água
futura do reservatório".
O desembargador Vladimir Passos concordou com os
argumentos da AGU no recurso, de que a usina está
pronta desde dois de abril e é o maior e
mais importante empreendimento de geração
de energia (690 MW) do país para entrar em
funcionamento ainda este ano, com um investimento
de mais de R$ 1,3 bilhão.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Marcela Rebelo