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RODRIGUES COMEMORA NO JAPÃO
AVANÇO NAS NEGOCIAÇÕES
PARA USO DO ETANOL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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27/05/2005 O ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Roberto Rodrigues, comemorou em Tóquio a
criação de uma comissão de
alto nível para estudar formas de usar o
etanol brasileiro na gasolina japonesa. Rodrigues
integra a comitiva presidencial na visita ao Japão
e disse que as discussões sobre a utilização
do etanol pelos japoneses passou da fase das intenções.
“O assunto estava muito mais na linha das intenções
e da boa vontade. Mas, agora não. Agora,
criou-se um grupo de trabalho de alto nível,
de nível ministerial, para decidir um projeto
concreto de parceria entre Brasil e Japão
na área de alternativas ao petróleo
com um combustível limpo. A decisão
do presidente Lula de criar um grupo para discutir
as formas de implementação desse programa
muda completamente o panorama”, afirmou.
Antes de embarcar para o Japão, o ministro
Roberto Rodrigues já tinha declarado que
essa negociação em torno da utilização
do etanol era um dos pontos da viagem que julgava
mais importante para o agronegócio brasileiro.
A expectativa era de estreitar as relações
tendo em vista o mercado de japonês de combustíveis,
produzidos a partir de biomassa, como o etanol e
o biodiesel brasileiros.
A legislação japonesa autoriza a mistura
de até 3% do álcool-combustível
na gasolina. Mas não há qualquer obrigatoriedade
na mistura, que pode ser feita por quem quiser.
Rodrigues explicou que o Brasil exporta hoje cerca
de 2 bilhões de litros de etanol por ano
e tem mais de 30 projetos de agroindústria,
ligados ao setor de etanol, em implementação.
O trabalho em parceria com o Japão representa
oportunidade de crescimento para as exportações
brasileiras do combustível. “Hoje, o Japão
mistura 3% de etanol na gasolina de forma não
obrigatória. Se isso fosse obrigatório,
nós teríamos o Japão com um
mercado de 1,5 bilhão de litros de etanol
por ano. É quase outro volume do que é
exportado pelo Brasil para todos os países
do mundo”, destacou.
Juntos, Brasil e Japão podem criar um novo
paradigma para a utilização de combustíveis
líquidos, afirmou o ministro. “A grande alternativa
de curto prazo é a energia de origem vegetal
porque é renovável, sustentável,
melhor do ponto de vista ambiental e reduz a distância
entre os países, uma vez que os mais pobres
vão produzir para atender os ricos”.
No começo do ano, o Mapa assinou termo de
referência com o Japan Bank for Internacional
Cooperation (JBIC) para detalhamento do Programa
Brasileiro de Agricultura Energética. O trabalho
será feito por uma consultoria internacional
contratada pelo banco e deve estar pronto até
o final de 2005. O Japão quer conhecer o
potencial brasileiro para aumentar a produção
de biocombustível e quais as necessidades
de logística e infra-estrutura para atender
a demanda do mercado japonês. O JBIC dispõe
de uma carteira de US$ 7,2 bilhões para investimentos
anuais no Brasil.
Ao final da visita ao Japão, o ministro Roberto
Rodrigues cumprirá agenda internacional na
Austrália e Nova Zelândia, entre os
dias 29 de maio e 2 de junho.
Fonte: Ministério da Agricultura
(www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa